A Copa da Inclusão

Hoje é um dia especial para o Brasil. Quando a bola rolar para a 20ª Copa do Mundo, entre Brasil e Croácia, o país vira a maior vitrine do planeta. Cerca de 3 bilhões de pessoas dos cinco continentes voltam sua atenção para nós. Na esteira dessa exposição, a Bahia segue junto para revelar o extraordinário crescimento.

É imensurável o conjunto de legados que uma copa traz. Desde a primeira edição, em 1930, no Uruguai. Países que já sediaram confirmam a grandeza. Inclusive o Brasil, que 64 anos depois volta a fazê-lo.

Copa é um gol de placa no desenvolvimento. Jogada de craque no crescimento econômico, social, tecnológico, ambiental, turístico, segurança. Injeta bilhões na economia, gera emprego e renda. Um salto de qualidade nas reformas e construções de portos, aeroportos e transporte público.

Fortalece o patriotismo e a satisfação do povo que, como disse Nélson Rodrigues, veste a chuteira e se enche de orgulho. Janela de oportunidades nos negócios. Valoriza o patrimônio humano, com capacitação de mão de obra numa gama de setores.

As arenas modernizam a estrutura do esporte no país, e são geradoras de divisas. Por isso, Salvador entrou no circuito de shows internacionais, com a apresentação do astro Elton John. A capital baiana é uma grande favorecida com as obras estruturantes, que vão desafogar o trânsito.

Investir na copa não significa deixar desprovidos setores como saúde e educação. Foram aplicados em estádios em torno de R$ 8 bilhões. De 2010 a 2013, governos federal, estaduais e municipais investiram em saúde e educação vultosos R$ 1,7 trilhão - ou seja, 212 vezes maior.

Copa é uma vitória para seu povo. O maior espetáculo da terra vai fortalecer a defesa da paz, trabalhar o meio de campo do preconceito, e partir para o ataque contra o racismo. Pra cima, Brasil.

Ótima copa aos bancários e aos baianos. E muita sorte à Comissão Técnica e à constelação de estrelas bem comandada pelo craque Neymar. Que venha o hexa.

Álvaro Gomes é deputado estadual