O BNB é patrimônio do Nordeste
O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) passa por um período turbulento,
com denúncias de irregularidades e corrupção em operações. Contudo, como
em toda crise, há uma grande oportunidade de mudança que se apresenta
concomitantemente à situação espinhosa. As notícias que se espalham na
imprensa devem servir para uma guinada radical na maneira como a
instituição está sendo conduzida. O momento é mais do que propício para
um repensar profundo sobre a importância do Banco do Nordeste para a
região.
De antemão, está mais do que claro que o BNB é uma instituição
imprescindível para a mitigação das desigualdades regionais e para o
desenvolvimento socioeconômico da sua área de atuação, que engloba o
Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Desta forma, denúncias de corrupção praticadas por uma parcela ínfima
de seu quadro de trabalhadores não podem macular a imagem de uma
instituição tão pujante. O BNB vai muito além de seus gestores; é, antes
de tudo, um fomentador nato do desenvolvimento, das atividades
produtivas, dos pequenos produtores rurais, dos microempresários, da
cultura nordestina. Suas atividades contribuem para melhorar a vida de
milhões de brasileiros que residem no seu raio de alcance.
Quando se fala em mudança, deve-se levar em conta também que o BNB
precisa reaver com maior veemência sua verve desenvolvimentista, posto
que esta é sua missão primordial desde a sua criação há 60 anos, em
1952. Ainda que deva haver uma visão comercial em menor escala, uma vez
que o BNB é uma instituição financeira, faz-se imperativo pensar o
Banco, principalmente, como uma instituição de fomento, de redução de
desigualdades, garantidora de oportunidades às camadas
socioeconomicamente mais vulneráveis.
Ao longo dos 60 anos, o BNB, a partir de um trabalho primoroso e de
dedicação de seus trabalhadores, levou esperança, dignidade e facilitou
projetos de vida de milhões de nordestinos. Sua importância e seu
caráter imprescindível para a região são incalculáveis. Os reflexos de
sua atuação são difíceis de serem mensurados, tamanha significância e
dimensão das consequências positivas que traz para o Nordeste, norte de
Minas Gerais e do Espírito Santo.
Não há como pensar o desenvolvimento regional sem incluir o BNB. Ainda
há um fosso de desigualdade que nos separa das regiões mais
desenvolvidas do País. Nesse processo de superação de iniquidades
regionais e sociais, o Banco do Nordeste é peça-chave nessa engrenagem. O
BNB é patrimônio da região Nordeste!
Rita Josina - Presidente da Associação dos Funcionários do BNB