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O movimento sindical é um organismo vivo da sociedade

O movimento sindical, pela sua magnitude e importância não é um instrumento de luta exclusivo de uma classe. Equivoco seria pensar assim. A tarefa da organização sindical vai além dessa prerrogativa de classe. Esta conclusão parte da compreensão de que esta organização é um instrumento vivo da sociedade e dela tem que participar de forma ativa. As organizações sindicais representam parcela da população da sociedade. Trabalhadores e trabalhadoras que convivem no campo e na cidade, portanto ambientes que passam por sérios problemas de ordem material e social e isto afeta o bem estar de todos que convivem nestes locais. Partindo desse princípio não é nenhum desvio de objetivo e de finalidade que seus representantes sindicais se envolvam nos problemas cotidianos da sociedade, uma vez que os trabalhadores e trabalhadoras estão, diariamente, enfrentando problemas da falta de transportes, segurança, na saúde, na educação, falta de creches, na merenda escolar, problemas de urbanização, dificuldade de mobilidade urbana, desemprego e tantos outros que merecem atenção e contestação.

É necessário que todos os cidadãos e cidadãs compreendam esta importância e entenda que as transformações se darão a partir das intervenções com uma participação mais determinada nas tomadas de decisões nos fóruns apropriados que podem imprimir as mudanças. É, portanto, desafiador para os representantes dos movimentos sociais e sindicais intervir uma vez que as condições na disputa dos espaços políticos serem desfavoráveis, transformando quase que numa propriedade hereditária e de controle do capital. O desafio está em fazer com que lideranças sindicais e movimentos sociais possam ser içados às funções institucionais, onde poderão, além de diminuir a participação daqueles que representam o capital ou famílias, mais também defender os interesses da classe operária, dos trabalhadores e trabalhadoras, que de fato persigam a proposta de implantação da justiça social, com distribuição de renda e melhorias na qualidade de vida para todos. Este é o ponto! Esta é razão da existência! Se enfrentamos problemas, se vemos dificuldades em diversas áreas é porque ao longo da história foi implementando um sistema conservador e concentrador de renda e de poder.

É hora de mudar o curso da historia, pois estamos em constante movimento e o rumo é determinado pelo conjunto dos trabalhadores evitando cometer o erro de instalar no poder representantes do capital, como aconteceu na ultima eleição, onde foram eleitos parlamentares comprometidos com o capital, com a desnacionalização, com a privatização e a precarização do trabalho e com o retorno da exploração.

celso argolo Por Celso Argolo, bancário, diretor Jurídico do Sindicato dos Bancários de Jequié e Região, coordenador da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB-Jequié e Região

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