Ivânia Pereira fala das expectativas com a nova tarefa no governo federal

Depois de mais de 30 anos atuando no movimento sindical, desde o início de novembro, a bancária Ivânia Pereira tem uma nova tarefa. Ela assumiu uma coordenação na Secretaria Geral da Presidência da República. Para isso, se licenciou da presidência do Sindicato dos Bancários de Sergipe, da diretoria da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), onde era vice-presidente nacional.
Nesta entrevista, ela fala sobre sua motivação para a aceitar a proposta e dos novos desafios que virão com a nova função. Confira a conversa com a Assessoria de Comunicação da Feebbase:
Feebbase: Qual será sua tarefa na Secretaria Geral da Presidência da República?
Ivânia Pereira: Como todos e todas sabem, fui convidada pelo ministro Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência da República, para assumir uma coordenação geral lá dentro da Secretaria. E o meu papel será melhorar o relacionamento entre o governo federal, as centrais sindicais e as organizações do movimento sindical. Essa será minha maior tarefa. Eu assumi no dia 6 de novembro e estou me apropriando, fazendo alguns cursos, conhecendo o funcionamento do governo federal, para melhor interagir na busca de soluções, para minorar os problemas desse relacionamento entre o governo federal, as centrais sindicais, as confederações de trabalhadores e os sindicatos.
Feebbase: Sua atuação será junto ás centrais sindicais?
Ivânia Pereira: Centrais e os sindicatos também. Todas as entidades, as confederações. O diálogo é com a organização da classe trabalhadora, para melhorar esse relacionamento. Quais são as maiores demandas? E aí, minorar essas demandas do ponto de vista da política. Porque o papel de interagir em relação às relações de trabalho cabe ao Ministério de Trabalho. Mas, as relações políticas, nós vamos tratar junto à Secretaria-Geral da Presidência.
Feebbase: O que te motivou a aceitar a proposta?
Ivânia Pereira: Eu estou à disposição do governo que todos nós trabalhadores e trabalhadoras lutamos para que ele estivesse lá. Então, quando convocado a gente tem que assumir, tem que trabalhar. Eu espero corresponder à expectativa do ministro Márcio Macedo e também à expectativa do movimento sindical, que sei que existe uma expectativa em relação ao meu trabalho. Então darei o melhor de mim para cumprir com êxito essa tarefa que me foi delegada.
Feebbase: Quais são suas expectativas?
Ivânia Pereira: Eu também tenho uma expectativa pessoal. Eu gosto de, quando eu pegar uma tarefa, ir até o fim e dar o melhor de mim. E é isso que eu estou fazendo agora. Assim que eu me apropriar de como eu vou acessar a logística do governo para cumprir essa tarefa, estou à disposição. Já tenho uma agenda com algumas confederações que vão lá. Terei um imenso carinho em tratar todos e todas, independentemente de central, de onde se localiza as centrais sindicais, independente do cunho ideológico de cada instituição. Todas serão recebidas com igualdade lá dentro da Secretaria Geral da Presidência.
Feebbase: Como foi deixar o Sindicato dos Bancários de Sergipe? Como você encarrou isso?
Ivânia Pereira: Com muita serenidade. Eu não fiquei uma noite sem dormir. Porque eu tenho consciência que cumpri com êxito a tarefa que me foi delegada. De assumir a presidência de um sindicato que tinha 80 anos de fundação e eu ser a primeira mulher presidenta desse sindicato. Então, sei que existia uma expectativa das mulheres em relação a essa tarefa e também dos homens, se eu cumpriria com êxito. Então, eu tenho certeza absoluta, sem vaidades, que eu cumpri com êxito essa tarefa e preparei um time para me suceder. Então qualquer dirigente do Sindicato que eu sugerisse estaria preparado para a tarefa e isso me dava muita tranquilidade. Então eu me licenciei da presidência do sindicato com muita tranquilidade, muita paz no meu coração.
Feebbase: Como ficou a direção do Sindicato de Sergipe após o seu afastamento?
Ivânia Pereira: Não haverá descontinuidade da política do Sindicato. Ao contrário, o novo presidente, meu companheiro Adilson Azevedo, uma semana antes de eu me afastar, eu já convidei para ele sentar na cadeira da presidência e juntos, nós atuamos durante uma semana. Ele participou de todas as decisões. Levamos o nome dele para a apreciação da direção executiva do Sindicato e foi aprovado por unanimidade. Pedi a toda a direção que assumisse junto com ele essa tarefa. Além disso, também fiz uma carta aos bancários, dando uma explicação sobre o meu afastamento e pedindo que continuem apoiando o Sindicato e apoiando a direção do Sindicato. Então, eu estou tranquila e em paz.

