Desemprego cai, junto com a renda do trabalhador
A taxa média de desemprego ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE, nesta quinta-feira (30/6). A taxa era de 11,2% no trimestre encerrado em abril e de 14,7% em maio do ano passado. O recuo se explica, em parte, pela queda de 7,2% na renda do trabalhador, em 12 meses.
Outro fator que contribui para o resultado da taxa de desemprego é a maior presença de empregados no setor privado sem carteira assinada. Esse contingente, de 12,804 milhões, cresceu 23,6% em 12 meses, praticamente o dobro dos com carteira, que aumentaram 12,1% em igual período, para 35,576 milhões. Assim, a participação do trabalhador sem registro passou de 11,7% para 13,1% dos ocupados.
No setor público, o emprego sem carteira cresceu 25% em um ano. Por sua vez, o trabalho por conta própria subiu 6,4%, enquanto o número de empregados sem CNPJ aumentou 29,4%.
Informalidade se mantém
Segundo o IBGE, o total de desempregados é estimado em 10,631 milhões. O que representa uma queda de 11,5% no trimestre e de 30,2% em 12 meses. Os ocupados agora somam 97,516 milhões, número recorde na série, com crescimento de 2,4% e 10,6%, respectivamente. A taxa de informalidade corresponde a 40,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais), ante 40,2% no trimestre anterior e 39,5% em igual período de 2021.
Renda encolhe
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio foi estimado em R$ 2.613. Ficou estável no trimestre e caiu 7,2% em um ano. “Essa queda do rendimento no anual é puxada, inclusive, por segmentos da ocupação formais, como o setor público e o empregador. Até mesmo dentre os trabalhadores formalizados há um processo de retração.

