Itaú: COE e GT Saúde reprovam proposta de desligamento de bancários com estabilidade provisória
Em mais uma atitude reprovável, o Itaú tem procurado funcionários afastados por motivos de saúde ou com estabilidades provisórias e propondo acordos financeiros para que deixem a empresa. Muitos desses trabalhadores estão atualmente afastados pelo INSS, e o banco tem oferecido uma indenização em troca da desistência do afastamento e da estabilidade.
Além disso, a indenização proposta pelo Itaú inclui o plano de saúde, com a oferta de dinheiro, ao invés de continuar custeando o benefício. Essa oferta, no entanto, implica na quitação plena de todos os direitos relacionados à saúde dos trabalhadores.

O movimento sindical manifestou seu desacordo com essa decisão unilateral do banco, considerando-a uma prática que retira direitos dos trabalhadores e dá plena quitação ao contrato de trabalho, impedindo futuras ações judiciais. O Itaú, por sua vez, alega que a decisão de aderir ou não ao acordo cabe aos bancários e que possui respaldo na nova legislação trabalhista.
“O Itaú adoece seus trabalhadores e quer se livrar do passivo trabalhista. Na realidade, o banco sabe da dificuldade financeira enfrentada por estes bancários e está tentando se aproveitar da fragilidade deles para tentar estes acordos. Além disso, ainda age de forma truculenta, determinado datas para aceitação e ameaçando fazer através da judicialização”, ressaltou a diretora do Sindicato de Feira de Santana Conceição Rebouças, que representou a Federação da Bahia e Sergipe na reunião da COE Itaú.
Diante desta situação, a COE orienta todos os bancários que receberam essa proposta a procurar seus sindicatos para esclarecimentos, especialmente através dos departamentos de saúde e jurídico. É importante ressaltar que, após a reforma trabalhista, as homologações de rescisões de contrato não são mais realizadas nos sindicatos, o que torna ainda mais fundamental buscar orientação sindical antes de tomar qualquer decisão.

