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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Produção industrial sobe 4,8% no primeiro semestre, diz IBGE

CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

Com incremento da demanda interna, a produção industrial brasileira apresentou uma expansão de 4,8% no primeiro semestre do ano, a maior variação desde o primeiro semestre de 2005 (5,0%), informou nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Só em junho na comparação com maio (com ajuste sazonal), a indústria cresceu 1,2% e ficou acima das expectativas de analistas consultados pela Folha Online, que previam variação em torno de 1%.

Segundo o gerente da pesquisa, Silvio Sales, o crescimento da indústria no ano se sustenta sobretudo no incremento da demanda doméstica, além do crescimento agrícola e da continuidade de resultados positivos nas exportações.

Ele afirma que a conjuntura econômica positiva, com inflação sob controle, taxa de juros em trajetória declinante, a melhora do mercado de trabalho e na oferta de crédito além do fato de o segundo semestre ser tradicionalmente mais dinâmico apontam para uma superação do crescimento de 2,8% da produção industrial em 2006.

"No segundo semestre a produção e a economia como um todo é mais dinâmica. Os indicadores de conjuntura não apontam para reversão desse quadro. A indústria obteve até aqui crescimento de cerca de 5,0% e o cenário é favorável", afirmou.

No primeiros seis meses do ano, os principais destaques positivos para a produção industrial vieram de máquinas e equipamentos, com alta de 17,5%. Além disso, veículos automotores (8,9%), metalurgia básica (8,2%) e alimentos (3,3%) foram outras categorias que também se destacaram.

Por categoria de uso, os bens de capital tiveram o maior dinamismo, com alta de 16,7%. Os bens de consumo duráveis tiveram alta de 4,4% e os bens intermediários, de 4,1%.

No segundo trimestre, até mesmo segmentos afetados pelo real valorizado, como Calçados e Vestuário, começaram a esboçar reação. Os Calçados reduziram as perdas de -11,5% no primeiro trimestre para -0,7% no segundo trimestre. Já os celulares, que vêm sofrendo perda de dinamismo das exportações, diminuíram o ritmo das perdas de -8,9% para -3,5% no período. "Rompe-se uma trajetória de queda, mas esses setores vêm negativos há muito tempo."

No segundo trimestre de 2007, a atividade industrial avançou 5,8% em relação ao mesmo período do ano passado, ritmo mais acelerado do que o do primeiro trimestre (3,8%), na mesma base de comparação. Já o segundo trimestre apresentou uma expansão de 2,5% sobre o primeiro trimestre. Já a taxa anualizada (referente aos últimos 12 meses) acumula um crescimento de 3,9%.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a indústria teve crescimento de 6,6% na produção, o maior avanço desde dezembro de 2004 (8,3%). Apesar de junho ter um dia útil a menos que o ano passado, a indústria neste ano não foi afetada pelo efeito Copa do Mundo, que trouxe os chamados feriados brancos e causou paralisações na produção.

Junho

Na comparação com ajuste sazonal, os principais destaques foram refino de petróleo e produção de álcool (3,6%), farmacêutica (6,7%), veículos automotores (1,2%). Por outro lado, as principais pressões negativas partiram de alimentos (-0,7%), bebidas (-1%) e fumo (-5,7%).

Por categoria de uso, os bens de capital avançaram 1,2%. Os bens intermediários, que detêm o maior peso no índice, subiram 0,8%. Já os bens de consumo duráveis tiveram alta de 2,2% e os bens de consumo semi e não-duráveis avançaram 2,5%.

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