Quase 9 milhões perderam o emprego no pico da pandemia
No segundo trimestre deste ano, pico da pandemia do novo coronavírus, 8,9 milhões de pessoas perderam o emprego. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua e foram divulgadas nesta quinta-feira (6/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação ao trimestre anterior, o número de pessoas ocupadas caiu 9,6%. É a maior redução desde o início da série histórica, em 2012. Em relação ao segundo trimestre de 2019, o recuo foi de 10,7% (10 milhões de pessoas a menos), também um recorde.
No total, o país chegou a 12,8 milhões de pessoas desempregadas, o que representa 13,3% da população. Com isso, as solicitações de seguro-desemprego em 2020 subiram 11,1% no acumulado até julho por causa dos efeitos econômica da crise da Covid-19. Nos sete primeiros meses deste ano, foram contabilizados 4.521.163 requerimentos do benefício.
Além do recorde no número de desempregados, o país também bateu recorde no número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego), que atingiu 5,7 milhões de pessoas, com alta de 19,1% (mais 913 mil) em relação ao trimestre anterior. Já a população informal, em meio aos impactos da pandemia, caiu para 36,9% da população ocupada, ou 30,8 milhões de trabalhadores, a menor da série, iniciada em 2016. Há 1 ano, estava em 41,2%.

