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6º Congresso da CTB reelege Adilson Araújo e divulga Carta de Salvador

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O 6º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) foi encerrado no sábado (9/8),  em Salvador, com a aprovação de um plano de lutas, que prioriza a ação em defesa da democracia e da soberania do Brasil, fim da escala 6x1, isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil no mês e taxação dos super-ricos. Foi eleita ainda uma nova direção para os próximos quatro anos e divulgada a Carta de Salvador.

O dirigente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adilson Araújo, foi reeleito para mais um mandato de presidente nacional da CTB. Em seu discurso após a eleição, ele destacou a importância da unidade e o caráter democrático da Central:

“A nossa chapa unitária é a síntese de um esforço coletivo, fruto do caráter democrático e plural da nossa Central. Este é um mandato de transição, que inicia uma nova tarefa: construir uma nova composição e seguir lutando por um Brasil mais humano e menos desigual. Bendito aquele que semeia a luta e faz o povo pensar. A CTB é nutrida dessa convicção, de um ideal socialista. Sigamos na luta, até a vitória!”, afirmou.

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Os bancários da Bahia e Sergipe estarão representados na direção nacional da CTB também por outros nomes: Jerônimo S. Júnior, do Sindicato da Bahia, será o secretário de Promoção da Igualdade Racial. Na diretoria plena tem: Andréia Sabino e Hermelino Meira Neto (Federação dos Bancários do Bahia e Sergipe); Augusto Vasconcelos e Jussara Barbosa (Sindicato dos Bancários da Bahia); e Adilson Azevedo (Sindicato dos Bancários de Sergipe). 

Carta de Salvador

A plenária final do 6º Congresso da CTB aprovou também a Carta de Salvador, que rechaça a ingerência imperialista dos EUA em assuntos internos do Brasil e sustenta que a soberania nacional é inegociável. Confira a íntegra:

“Carta de Salvador

Neste momento o Brasil enfrenta uma abjeta e descarada agressão imperialista dos EUA à sua soberania. Em defesa de seu aliado, o golpista Jair Bolsonaro, e dos interesses escusos das big techs, o governo Trump impôs tarifas de 50% sobre exportações brasileiras e sancionou Alexandre de Moraes e sete outros ministros do Supremo Tribunal Federal em função do julgamento do chefe da extrema direita brasileira.

Esta pressão estapafúrdia sobre o STF, com o objetivo de intimidar os juízes e sabotar o julgamento do traidor golpista, afronta a autonomia e independência do Poder Judiciário e constitui uma ingerência inaceitável em assuntos internos da nossa pátria.

Não é a primeira vez que isto ocorre. Os EUA estiveram por trás do golpe militar de 1964 e contribuíram decisivamente para o golpe de 2016 (travestido de impeachment) e a prisão de Lula em 2018, instruindo a Operação Lava Jato. A diferença é que, em ambas ocasiões, temendo despertar o sentimento patriótico do povo brasileiro, os imperialistas norte-americanos sempre procuraram encobrir suas ações, operando nas sombras da clandestinidade.

Agora, diferentemente, o caráter imperialista das ações e intenções desses senhores, que se consideram os donos do mundo, é descarado e transparece de forma indecorosa, ao lado da profusão de mentiras e fake news sobre liberdade de expressão e direitos humanos. A classe trabalhadora sempre foi e é a principal vítima dessas agressões.

Em todas as ocasiões, o imperialismo contou com o apoio interno de forças reacionárias, ligadas a setores poderosos da classe dominante brasileira, que padecem do complexo de vira-latas e se comportam como traidores da pátria. Hoje a trairagem é liderada pelo golpista Jair Bolsonaro e o Clã que chefia, com destaque para o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está foragido nos EUA conspirando diuturnamente contra os interesses do povo brasileiro, na linha de frente do entreguismo, conforme notou o ministro Gilmar Mendes.

É necessário compreender que tudo isto ocorre em meio à crise geopolítica que acompanha a decadência dos EUA e do chamado Ocidente em contraposição à ascensão da China e do Brics. Esta contradição é determinante nos acontecimentos em curso no mundo. O tarifaço de Donald Trump é também uma tentativa, vã, de interromper e reverter o processo de declínio da liderança de Washington.

A CTB apoia a conduta altiva e soberana do presidente Lula no enfrentamento do problema criado por Trump a pedido do Clã Bolsonaro, defende o fortalecimento do Brics e das relações com a China, a Índia e outros países do chamado Sul Global, bem como medidas para proteger ramos e empresas afetados pelas tarifas.

As medidas arbitrárias e unilaterais do governo Trump, à margem do direito internacional e da Organização Mundial do Comércio, são sintomáticas da falência da ordem mundial hegemonizada pelos EUA. A necessidade de uma nova ordem mundial é objetiva e cobra urgência. Deve ser fundada no multilateralismo, no respeito ao sagrado direito dos povos e nações à autodeterminação, reversão da corrida armamentista, solução pacífica dos conflitos internacionais, erradicação da fome e desenvolvimento sustentável e compartilhado.

O Brasil não deve e não vai se curvar às chantagens e pressões da Casa Branca. É hora de uma ampla unidade democrática e popular para defender a soberania nacional, rechaçar as pressões imperialistas, denunciar e desmascarar os traidores da pátria, procurando isolar a extrema direita bolsonarista.

A soberania nacional é inegociável!

Abaixo o imperialismo!

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