Bancários propõem criação de diretorias LGBT+ nas entidades filiadas à CTB
O 6º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) entra no seu segundo dia nesta sexta-feira (8/8), no SENAI CIMATEC, em Salvador. Durante os debates, a Coordenação LGBTQIAPN+ da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) apresentou uma proposta para criação de secretarias ou diretorias LGBT+ nas entidades filiadas à CTB.
A proposta é de autoria dos dirigentes sindicais: Francisco André, Daniel Vinícius dos Santos e Ricardo Carvalho, que são delgados no evento. Eles propuseram que o 6º Congresso da CTB delibere e valide em plenária a seguinte resolução:
“Fica estabelecido como diretriz da CTB que todas os sindicatos e federações filiadas a CTB deverão criar, em suas estruturas organizacionais, uma Secretaria ou Diretoria destinada à pauta LGBTQIAPN+ com autonomia para atuação política, formação e articulação junto aos demais segmentos e entidades da sociedade civil.”
A Comissão solicita ainda que “essa resolução conste nas deliberações finais do 6º Congresso Nacional da CTB, como um compromisso com a construção de um sindicalismo mais plural, combativo e verdadeiramente representativo”.
Ao justificar a proposta, os dirigentes bancários argumentam que a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores deve ser transversal e inclusiva. As pessoas LGBTQIA+ que compõem a classe trabalhadora enfrentam diariamente diversas formas de discriminação, assédio, exclusão e violação de direitos, inclusive dentro do mundo do trabalho e nas próprias estruturas sindicais.
É dever do movimento sindical avançar em direção à equidade, ampliando sua representatividade e adotando medidas concretas de combate à LGBTfobia. Para isso, é fundamental que as entidades sindicais filiadas à CTB assumam o compromisso de instituir, em suas estruturas organizacionais, secretarias ou diretorias LGBTQIAPN+
Esses espaços devem atuar de forma articulada com outras secretarias, promovendo debates, formações, campanhas, acompanhamento de casos de discriminação e a construção de políticas internas e externas que promovam o respeito à diversidade e a valorização da cidadania plena da população LGBTQIA+ trabalhadora.
A proposta foi entregue à organização do 6º Congresso, para que possa ser submetida à votação na plenária final, que acontecerá na manhã de sábado (9).