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Bancos tentam dividir a categoria. A mobilização deve aumentar!

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Os bancários devem ampliar a mobilização para garantir os seus direitos. Isso ficou claro na rodada de negociação desta quarta-feira (7/8), quando os trabalhadores apresentaram as reivindicações econômicas, que inclui aumento real nos salários e demais verbas, e os bancos propuseram segmentar a categoria, dando reajustes diferentes a depender do cargo ocupado. A proposta foi rechaçada pelo Comando Nacional dos Bancários.

“A postura da Fenaban na mesa de hoje foi muito ruim. Os bancos apresentaram uma proposta para segmentar a categoria, estabelecendo uma lógica de competição, dando reajuste diferenciado para determinados cargos e determinada atuação do bancário. Nós repudiamos essa postura da Fenaban, cobramos seriedade na mesa, com reajuste digno, ganho real, uma PLR justa, além de reajuste de todos os auxílios. Nós também reivindicamos que na próxima rodada de negociação seja apresentada propostas sobre igualdade de oportunidades, saúde e todas as questões apresentadas até agora”, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, que integra o Comando Nacional dos Bancários.

Aumento real é uma prioridade

A Consulta Nacional deste ano, realizada com quase 47 mil trabalhadores, apontou que o aumento real no salário está no topo (93%) das prioridades da categoria, seguida pelo aumento da PLR (63%), e dos vales alimentação e refeição (51%).

Após a exposição do Comando, o porta-voz da Fenaban falou de aumento de concorrência no setor, diante do surgimento de novas instituições de pagamento. Disse ainda que essa concorrência coloca o setor bancário em risco no país e sugeriu propostas que poderiam precarizar direitos e rebaixar os salários.

A representação dos bancários rechaçou as propostas e continuou mostrando que os bancos podem pagar o reajuste reivindicado pelos trabalhadores.

Em 2023, o lucro líquido dos bancos foi R$ 145 bilhões, alta de 5% em comparação a 2022. No primeiro trimestre deste ano, o lucro dos cinco maiores bancos do país teve crescimento de 15,2% e alcançou R$ 29,2 bilhões, em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Além dos lucros, os bancos sempre mantiveram rentabilidade significativa no país, mesmo em momentos de crise, com crescimento médio de 15% acima da inflação.

Os trabalhadores ressaltaram ainda que, apesar de a Convenção Coletiva de Trabalho ter garantido aumento real de 21% na remuneração da categoria, entre 2003 e 2023, efetivamente, os ganhos reais no período foram de 16%, por causa da rotatividade no setor, uma vez que trabalhadores admitidos ingressam com salários menores que os admitidos. E, nos últimos oito anos, os bancários tiveram um déficit nos salários de 0,3%, abaixo da inflação.

Dia de mobilização

A próxima rodada de negociação com a Fenaban será na próxima terça-feira, 13 de agosto. O Comando cobrou que os bancos tragam, no dia, propostas já debatidas até o momento na campanha nacional.

Na segunda-feira (12), a categoria realizará um dia nacional de lutas, para cobrar propostas decentes aos bancos.

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