BB mantém intransigência e reduz salários das funções comissionadas de 6h
Em nova rodada de discussões realizada nesta segunda-feira (28/1), em São Paulo, com a Contraf, as federações e os sindicatos, o Banco do Brasil manteve a linha intransigente, apresentada na semana passada, de não negociar e implantar unilateralmente o novo plano de funções comissionadas de 6 horas, que envolvem a vida de milhares de trabalhadores.
Com o novo plano, o BB extinguiu neste domingo 27 todas as funções comissionadas de 8 horas - que amanheceram nesta segunda-feira com novas nomenclaturas e todos os comissionados que o banco entende estarem em função de confiança (FC) migrados unilateralmente. Já o público-alvo das funções gratificadas (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6 horas, com redução de salários, ou ficar em suas funções de 8 horas em extinção.
"O plano é uma decepção porque o banco reduz salário de
milhares de funcionários comissionados, que já deveriam estar trabalhando 6
horas, e fez uma manobra interna nas verbas remuneratórias de maneira a
prejudicar os funcionários que migrarem. Quanto mais direitos conquistados o
funcionário tiver, como por exemplo letras de mérito e antiguidade, maior pode
ser o prejuízo", critica William Mendes, coordenador da Comissão de
Empresa dos Funcionários do BB.
Segundo William, o banco está reduzindo de forma
diferenciada os pisos de funções (VRs) e os valores das gratificações de
funções, de maneira a prejudicar os funcionários com maior tempo de dedicação à
empresa. "Quanto mais tempo de banco, maior a perda líquida de salário ao
aderir às novas funções de 6 horas com redução de salário", afirma o
dirigente sindical.
Orientações das entidades sindicais
A Contraf e a Comissão de Empresa orientam as entidades
sindicais a realizarem reuniões e plenárias com os trabalhadores para dar
informações e orientações jurídicas e políticas, bem como para recolher
informações dos bancários para que, juntos, bancários e sindicatos, possam
embasar a tomada de decisões por parte dos funcionários.
A Contraf e as entidades sindicais reafirmam a orientação da
semana passada para que os bancários mantenham a calma e não tenham pressa em
assinar nada até as plenárias - tanto no caso dos migrados compulsoriamente nas
funções de confiança (8h) como o público-alvo das funções gratificadas (FG) com
redução de salário (6h) -, uma vez que terão o tempo que acharem necessário
para migrar ou não, de acordo com a avaliação de cada um.
As entidades sindicais seguirão à disposição dos bancários durante todo o período de implantação do novo plano de funções do banco, tanto para defendê-los com atividades sindicais, bem como com ações judiciais e também para buscar acordos individuais e extrajudiciais nas CCV.
Fonte: Contraf

