Feebbase lamenta mudança na presidência da Caixa

A Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe lamenta a troca na presidência da Caixa, com a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes, em substituição a Rita Serrano, que ocupava o cargo desde o início do ano. A especulação sobre a mudança na direção da empresa, para atender a interesse de parlamentares do Centrão, já durava meses e acabou se concretizando nesta quarta-feira (26/10). Uma pena!

“Lamentamos a saída da companheira Rita Serrano, da direção da Caixa. Rita sempre foi uma pessoa comprometida com os interesses da Caixa Econômica e com os interesses do Brasil. Portanto, a saída dela deixa um vazio muito grande e nós iremos continuar lutando para que a Caixa cumpra o seu verdadeiro papel social, para que não seja utilizada como barganha, como negócio”, ressaltou o presidente da Feebbase, Hermelino Neto.

A troca também foi criticada por Emanoel Souza, secretário Geral da Feebbase e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa na Bahia e Sergipe. Para ele, a reconstrução do país precisa dos bancos públicos para ajudar no reaquecimento da economia e gerar empregos. "Mas, os bancos precisam ser dirigidos por pessoas que coloquem essas instituições a serviço desse novo Brasil, desejado pela maioria do nosso povo e pelos movimentos sociais", afirma.

Segundo Emanoel, o novo governo de Lula não pode cometer erros dos dois mandatos anteriores. E, nesse caso, errou. "A Caixa é importante para a execução das principais políticas sociais do governo (Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, por exemplo). Por isso, não poderia ser colocada nas negociações para se ter maioria na Câmara, mesmo que para aprovar os projetos de interesse do governo, do Brasil e do povo brasileiro. A Feebbase e a CTB se colocam em franca oposição da utilização da Caixa, BB, Petrobrás e outras estatais no tabuleiro do 'toma lá da cá'", enfatiza.

O movimento sindical criticou também a troca de uma mulher por um homem na presidência da Caixa. Com mais esta troca, o governo federal vem reduzindo cada vez mais a presença de mulheres em seus cargos de destaque, o que destoa do projeto apresentado na campanha eleitoral, que contou com o apoio essencial das mulheres para ser vencedor nas urnas.