Menu
redes sociais 2023

GT debate saúde dos funcionários do Itaú

11.3 gt saude itau 7141e

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu nesta terça-feira (11/3), em São Paulo, para debater assuntos de interesses dos bancários. Os representantes dos funcionários cobraram respostas do bancos sobre questões recorrentes como as falhas no atendimento das clínicas médicas terceirizadas, a confiabilidade do ombudsman e o tratamento do banco em relação aos casos de assédio moral e sexual.

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) e o GT de Saúde cobraram ainda um retorno sobre a proposta de criação de uma cartilha de acolhimento e orientações para bancários afastados por licença saúde.

Sobre os problemas com as clínicas médicas, os dirigentes sindicais denunciaram que alguns bancários, ao comparecerem para exames periódicos ou de retorno ao trabalho, encontravam seus Atestados de Saúde Ocupacional (ASO) já prontos, apenas aguardando assinatura, sem que tivessem sido efetivamente avaliados pelos profissionais de saúde.

O Itaú reconheceu a existência de falhas nas clínicas terceirizadas e prometeu reforçar o diálogo com elas para corrigir as irregularidades. Como solução para o problemas, o banco propôs a criação de salas ocupacionais dentro de suas próprias unidades em capitais e grandes cidades. Essas estruturas permitem um maior controle sobre os atendimentos de saúde ocupacional e reduzem a necessidade de encaminhamento dos bancários às clínicas terceirizadas.

O movimento sindical questionou como será a situação dos trabalhadores de pequenas cidades, onde essas salas não serão implantadas, e reforçou a necessidade de soluções para evitar prejuízos aos funcionários dessas localidades.

Ombudsman e denúncias de assédio

Outro tema abordado foi a falta de credibilidade do ombudsman do banco, canal oficial de denúncias da instituição. Segundo os sindicatos, há relatos de bancários que utilizaram o canal e acabaram sendo demitidos, o que gera desconfiança e desestimula novas denúncias.

O banco afirmou que há espaço para melhorias no serviço, mas defendeu sua confiabilidade, apresentando números comparativos entre as denúncias feitas pelo ombudsman e aquelas registradas pelos canais dos sindicatos. A tentativa do Itaú de desqualificar os canais sindicais, sob o argumento de que recebem um número reduzido de denúncias, foi contestada pelas federações presentes. Os sindicalistas argumentaram que os números apresentados pelo banco estão distorcidos e não refletem a realidade das denúncias registradas.

O banco também apresentou seu Guia de Orientação para o combate e prevenção aos assédios moral e sexual e à discriminação nos locais de trabalho. O material consiste em cursos obrigatórios para todos os funcionários, com atualizações anuais, e inclui vídeos e uma cartilha explicativa.

Cartilha de acolhimento e parcelamento de dívidas

Sobre a proposta do GT de Saúde e da COE Itaú de criação de uma cartilha de acolhimento e orientações para bancários afastados por licença saúde, o banco informou que incorporou o material sugerido ao IU Conecta e ao aplicativo interno, na seção relacionada à licença saúde. Os representantes sindicais se comprometeram a analisar o conteúdo e apresentar considerações ao banco.

Outro tema resgatado durante a reunião foi o parcelamento de dívidas dos bancários que retornam de afastamento médico, um problema recorrente para trabalhadores que enfrentam dificuldades financeiras após longos períodos afastados. O assunto deverá ser aprofundado nas próximas reuniões.

Para a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe Luciana Dória, “o banco vem atendendo algumas reivindicações do movimento sindical como a implantação dos cursos sobre Assédio Moral e Sexual de forma periódica e obrigatória para todos os funcionários, mas, é preciso ir mais além, é preciso que essa cultura de repúdio e prevenção esteja presente no dia a dia. Propomos melhorias no fluxo de apuração do Ombudsman para que os canais de denúncia tenham mais credibilidade dos funcionários”, defendeu a integrante da COE Itaú.

Ao final, o banco se comprometeu a trazer representantes do ombudsman na próxima reunião, para apresentar as melhorias implementadas e debater as falhas apontadas pelo movimento sindical no fluxo de apuração das denúncias.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar