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Novembro Azul 2022

GT Saúde Caixa: Empregados cobram fim do teto de custeio

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O Grupo de trabalho (GT) sobre o Saúde Caixa se reuniu na última segunda-feira (21/10), para retomar os debates sobre a sustentabilidade e a qualidade de atendimento do plano. No encontro, realizado por videoconferência, foi apresentado o resultado financeiro do plano e houve debates sobre o atendimento aos usuários e o retorno dos Comitês de Credenciamento.

O resultado financeiro até agosto de 2024 aponta um déficit acumulado de R$ 311,6 milhões, que é inferior às reservas técnicas do plano, de R$ 108,9 milhões. No período, as receitas do plano somaram R$ 2,288 bilhões, enquanto as despesas acumularam R$ 2,6 bilhões.

Analisando os dados disponíveis, constata-se que o déficit ocorreu não pela frustração das receitas (já que a arrecadação de mensalidades e coparticipação esteve dentro dos valores orçados), e sim pelo aumento das despesas assistenciais acima do projetado, com um crescimento do custo assistencial per capita do plano, em comparação com o primeiro semestre do ano passado, de 25,58%, passando de R$ 887,40/pessoa/mês para R$ 1.114,92/pessoa/mês.

O maior aumento nos custos ocorreu em terapias e internações, com um percentual de crescimento em relação ao ano passado superior a 30%. Nas terapias, o aumento (de 30,76%) foi ocasionado pela maior quantidade de sessões realizadas. Já no caso das internações (aumento de 37,02% nos custos), houve um crescimento significativo tanto no número de diárias de internação, que passou de 103,2 mil para 111,7 mil, quanto no custo destas diárias, que cresceu 23,46% no período.

Os representantes dos empregados no GT manifestaram sua preocupação com os números e cobraram o fim do teto de gastos da Caixa com o custeio do plano, que atualmente está imitado a 6,5% da folha de pagamento, o que aumentaria as receitas. Outra cobrança é a implementação de ações de prevenção e promoção da saúde e de mecanismos de acompanhamento e controle da rede credenciada, o que pode ajudar a conter as despesas sem prejudicar as coberturas e a qualidade de atendimento.

Os trabalhadores destacaram ainda que a área de pessoas da Caixa está desperdiçando a oportunidade de realizar análise de dados epidemiológicos do plano e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Isso ajudaria no controle de doenças crônicas, evitando as internações e procedimentos mais complexos e caros.

Gipes/Repes e comitês de credenciamento

 Outra grande insatisfação dos empregados é a forma como as Gipes e Repes estão sendo retomadas. O compromisso de retorno da área foi assumido pelo banco na mesa de negociação específica do Saúde Caixa em 2023, em resposta à reivindicação pelo retorno de um canal de atendimento entre os usuários e os empregados da Caixa, que atuam na administração do plano. Porém, na reunião dessa segunda (21), o banco informou que a área irá apenas orientar os usuários e registrar as demandas nos canais já existentes do Saúde Caixa.

A informação decepcionou os empregados, que cobram que as Gipes e Repes tenham uma estrutura adequada e ajude na melhoria do atendimento no plano, oferecendo contato humanizado com o usuário.

Outro compromisso da Caixa decorrente da última negociação é a instalação dos Comitês Regionais de Credenciamento e Descredenciamento. Os representantes da Caixa apresentaram uma proposta para o funcionamento dos comitês que teriam reuniões semestrais. Essa periodicidade foi questionada pelos representantes dos empregados, porque seria insuficiente e inadequada para que os comitês funcionem, de fato. Com isso, os funcionários ficaram de apresentar uma contraproposta para os comitês na próxima reunião

Fim do teto de custeio

Os empregados reforçaram a cobrança pelo fim do teto de custeio, estabelecido atualmente em 6,5% da folha de pagamento, e a extensão do direito de manutenção do plano após aposentadoria aos empregados contratados depois de 2018.

Os representantes dos empregados no GT reforçaram aos representantes do banco que o modelo de custeio do Saúde Caixa é uma conquista histórica dos trabalhadores (segundo o qual 70% do plano é arcado pela Caixa e 30% pelos empregados), mas que, com os dados apresentados pela empresa, em que as despesas totalizam R$ 4 bilhões, sendo metade do montante coberto pela Caixa e a outra metade pelos empregados, não está sendo alcançado.

Também cobraram maiores informações sobre os motivos das internações, que aumentaram significativamente, e que podem ajudar a investigar a razão para o elevado nível de afastamento dos empregados da Caixa.

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