Bancários na luta contra os juros altos
Os brasileiros não aguentam mais a política de juros altos mantida por Roberto Campos Neto em sua gestão no Banco Central. Nesta terça-feira (30/7), o movimento sindical foi para as ruas das principais cidades do país para reivindicar a redução da Selic, que está atualmente em 10,5%, uma das mais altas do mundo.
Em Salvador, ato das centrais sindicais aconteceu em frente ao Center Lapa, uma das áreas mais movimentadas do Centro da cidade, e contou com a participação dos bancários, de trabalhadores de diversas categorias, além de dirigentes da CTB, CUT, Força Sindical e UGT.
No evento, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, falou sobre como os juros altos impactam no orçamento do governo federal e na vida dos brasileiros. “A previsão do orçamento federal em 2024 para a saúde é de 4,06%, ou seja, R$220 bilhões, já com gastos com juros e amortizações da dívida pública, a previsão será de 45,98%, ou seja, R$ 2.49 trilhões. Com isso, a dívida pública recebe o equivalentes a mais de 10 vezes os recursos destinados para a saúde. Enquanto isso, a população sofre por questões que poderiam ser resolvidas com esses recursos que hoje são destinados ao pagamento dos juros da dívida, como saúde, infraestrutura, segurança, educação, moradia”, ressaltou.
Já o secretário Geral da Feebbase e vice-presidente da CTB Bahia, Emanoel Souza, usou o exemplo do cartão de crédito para alertar a população sobre a importância de protestar contra os juros altos. "Quem paga conta, cartão e cheque especial, sabe que os juros no Brasil são um absurdo. Beneficiam banqueiros e especuladores. E o governo tem que pagar juros da dívida pública, deixando de investir mais na área social. Quem decide a taxa de juros é o Banco Central, cujo presidente é Roberto Campos Neto, colocado por Bolsonaro. Ele sabota o projeto que o povo elegeu com Lula e que já mudou muita coisa no País. Vamos manter os protestos até que o Copom do BC reduza a Selic", afirmou Emanoel Souza.