Aumento dos juros prejudica os brasileiros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, na noite desta quarta-feira (18/9), o aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a de 10,5% para 10,75% ao ano. Essa é a primeira alta desde agosto de 2022, contrariando a tendência global de queda de juros, como a recente redução promovida pelo Banco Central dos Estados Unidos.
Segundo o BC, o aumento ocorre devido aos temores de elevação da inflação, agravados pela seca e queimadas, que podem impactar os preços dos alimentos. Entretanto, dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma queda generalizada nos preços em agosto, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulando alta de 4,24% nos últimos 12 meses, dentro da meta de 4,5% para o ano.
Todos estes dados positivos não foram suficientes para convencer os analistas do Copom a reduzirem a taxa de juros. Ao contrário, eles insistem na posição de que medidas contracionistas são necessárias para assegurar a estabilidade econômica.
O grande problema é que o aumento da Selic é prejudicial para os brasileiros, pois tem impacto direto no crédito, tornando-o mais caro e menos acessível para consumidores e empresas. O encarecimento do crédito pode frear o consumo e reduzir as perspectivas de crescimento econômico no curto prazo. Só o setor financeiro ganha com esta medida.

