Bancos priorizam lucros às custas de demissões e fechamento de agências

O cenário financeiro dos grandes bancos brasileiros continua a revelar números impressionantes de lucro, mas, por trás dos relatórios bilionários, surge uma realidade preocupante. O Santander, recentemente, anunciou um trimestre de bonança, registrando R$ 2,2 bilhões nos últimos três meses do ano de 2023, representando um aumento de 30,5% em comparação com o mesmo período de 2022. Em 12 meses, os resultados alcançaram a marca notável de R$ 9,5 bilhões.

No entanto, enquanto os bancos celebram seus lucros estratosféricos, a conduta questionável dessas instituições em relação aos funcionários e à sociedade em geral está gerando crescente preocupação. Nos últimos anos, tem sido observada uma tendência persistente de demissões em massa, fechamento de agências e pressão por metas em nome do aumento do lucro.

No quarto trimestre de 2023, tanto o Itaú quanto o Bradesco projetaram lucros impressionantes, com um aumento previsto de 30%. O Banco do Brasil (BB), por sua vez, também apresentou projeções robustas. Esse padrão de sucesso financeiro destoa consideravelmente da realidade enfrentada pelos funcionários dessas instituições, que frequentemente lidam com insegurança no emprego e condições de trabalho desafiadoras.

O descompasso entre os ganhos estratosféricos e a falta de comprometimento social por parte dos bancos levanta sérias preocupações sobre uma abordagem predatória que prioriza o lucro em detrimento do impacto social. O fechamento de agências, em particular, afeta não apenas os funcionários, mas também as comunidades locais, que ficam desprovidas de serviços bancários essenciais.

O movimento sindical bancário está se mobilizando diante dessas práticas questionáveis, exigindo uma reflexão séria sobre a responsabilidade social das instituições financeiras. Além disso, o movimento defende uma mudança de paradigma em direção a práticas mais éticas e equitativas.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (www.bancariosbahia.org.br)