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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Caixa: Empregados cobram manutenção dos direitos e transparência

Fechamento de agências, condições de trabalho, home office, participação nos lucros e resultados (PLR) e programa SuperCaixa forma alguns dos temas debatidos na segunda parte da rodada de negociação entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da Caixa, realizada na última sexta-feira (19/9), em Brasília (DF). Na parte da manhã, o debate foi sobre o Saúde Caixa.

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O primeiro tema em debate na parte da tarde foi sobre o fechamento de agências. Os integrantes da CEE demonstraram grande preocupação em relação ao assunto, com destaque para as transformações em agências digitais. Eles ressaltaram a importância do papel social da Caixa, que vai muito além do desempenhado pelos outros bancos. Por isso mesmo, as mudanças devem ser pensadas para atender aos interesses da população, não visando apenas o lucro. A CEE cobrou ainda que as mudanças tecnológicas devem ser negociadas com o movimento sindical.

De acordo com Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT e diretor da Fenae, a Caixa deixou claro que o fechamento de agências precisou ser revertido, o que evidencia a desorganização de medidas tomadas sem debate. Isso ressalta a importância de um diálogo transparente e antecipado com as entidades.

Caixas, tesoureiros e home office

No encontro foi discutido também a situação das funções de caixas e tesoureiros. De acordo com a representante da Caixa, a questão que já é um problema antigo, está sendo reavaliada. A equipe responsável reconhece a dificuldade enfrentada pelos funcionários que estão nessas funções há anos e se compromete a encontrar uma solução rápida, prometendo apresentar propostas baseadas em dados e números concretos que beneficiem os empregados até o final de outubro.

Os representantes dos empregados cobraram definição também sobre o home office. O modelo de trabalho híbrido está sendo implementado, mas não há clareza nas normas, especialmente em relação à prioridade para empregados com deficiência (PCDs), que é determinada em lei. Como a norma interna não deixa claro esta prioridade, a definição fica a cargo de gestores. A CEE questionou ainda a regra que proíbe o trabalho remoto para empregados que já foram penalizados com suspensão disciplinar. Sobre este ponto, a representante da Caixa não soube detalhar e ficou de buscar mais esclarecimentos para próximas discussões.

PLR e SuperCaixa

A Comissão questionou uma possível mudança na forma de cálculo da participação nos lucros e resultados (PLR) da Caixa. Em resposta, a representante do banco garantiu que não houve alteração na metodologia. Ela afirmou que a regra foi aplicada exatamente como deveria. Para comprovar a transparência, ela se comprometeu a apresentar uma proposta detalhada na próxima negociação, na qual mostrará todos os cálculos e a metodologia usada para que a comissão entenda por que o valor não chegou ao teto de 45%.

A CEE expressou sérias preocupações também com o programa SuperCaixa, alegando que ele não é transparente e pode prejudicar a remuneração dos funcionários, especialmente os de linha de frente nas agências. A principal crítica é que, embora a empresa afirme que a metodologia da PLR não mudou, as regras e limites do novo programa tornam praticamente impossível para a maioria dos funcionários alcançar a remuneração máxima, gerando desmotivação e frustração. A comissão sugere a suspensão temporária do programa para que as regras sejam revistas.

Compromissos assumidos pela Caixa

O representante do banco se comprometeu a deixar todas as agências digitais “no azul” (meta ajustada) até setembro, mas antecipou para julho/agosto/setembro, afirmando que está sendo cumprido e que, se houver distorções, serão corrigidas;

Outro compromisso é de que as metas das agências digitais serão proporcionais ao número real de clientes atendidos em cada unidade e que serão recalibradas sempre que houver problemas;

Orientação para preservar as pessoas no reposicionamento (caixas, tesoureiros, funcionários de agências transformadas em digitais ou sem numerário) para evitar turbulências, também serão preservadas as funções efetivas dos empregados, incluindo a possibilidade da lateralidade (troca de função no mesmo nível e com mesma remuneração);

Unidades com porta giratória permanecerão com a estrutura de segurança; colocação ou retirada de portas somente serão realizadas após avaliação de prévia de segurança;

A Caixa já comprou equipamentos para captura digital/biométrica (digitais) e comprometeu-se a distribuí-los em breve para as unidades, com apoio logístico.

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