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Clima de terror no Bradesco, com mais uma demissão cruel em Ilhéus

A manhã desta terça-feira (16/9) começou marcada pela indignação na agência do Bradesco em Ilhéus. Funcionários foram surpreendidos pela notícia de mais uma demissão – reflexo da postura desumana de um banco que não mede esforços para ampliar seus lucros bilionários às custas do sofrimento de bancários e clientes.

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O caso gerou comoção dentro da agência. A bancária demitida vinha entregando todos os seus objetivos, com orçamento e ROB atingidos, mas, mesmo assim, a justificativa apresentada foi “performance”. Que performance é essa? Quem tem o controle disso? O destino de trabalhadores está nas mãos do humor do gerente regional?

A funcionária desligada possui um longo histórico de adoecimento causado pelo banco. Já enfrentou afastamentos por problemas de saúde relacionados ao trabalho e, em uma situação no passado, chegou a sair da agência em uma maca da SAMU, após perder a capacidade de locomoção em razão de lesões adquiridas na rotina bancária. Além das questões físicas, as pressões constantes geraram sérios problemas psicológicos. Inclusive, a bancária já teve CAT aberta e reconhecimento, junto ao INSS, de suas doenças laborais.

E ainda assim, continuava diariamente na luta, pelo amor que tem ao seu trabalho, vencendo todos os dias um leão na busca de cumprir seus deveres na instituição financeira. Mas o banco não valoriza isso!

Crueldade institucionalizada

O Bradesco segue uma linha de gestão marcada pela crueldade: fecha agências, corta postos de trabalho e joga na rua profissionais dedicados, sem qualquer sensibilidade social. Em Ilhéus, a demissão expôs ainda mais essa perversidade.

Antes mesmo de ser demitida, a bancária foi vítima de mais um episódio de assédio: o supervisor do Bradesco Vida e Previdência a cobrou em tom de voz alto, diante de colegas, por uma meta que já havia sido alcançada. A atitude, descrita como “pura maldade”, escancarou a prática recorrente de intimidação.

Este mesmo supervisor carrega um longo histórico de denúncias por assédio, já protocoladas pelo Sindicato dos Bancários. Apesar da infinidade de queixas, o banco nunca tomou providência. Pelo contrário: os assediadores parecem ter carta branca para agir, representando justamente o perfil de profissional que o Bradesco escolhe para dar continuidade ao seu modelo de gestão.

Reação sindical e luta por justiça

O Sindicato dos Bancários, junto com a trabalhadora desligada, está reunindo toda a documentação que comprova anos de abusos, doenças ocupacionais e perseguições. A entidade promete adotar todas as medidas cabíveis para reverter essa demissão arbitrária e injusta.

É inadmissível que uma mãe de família, responsável pelo sustento de seu lar, seja lançada ao desemprego pela ganância de banqueiros. O caso de Ilhéus é apenas mais um capítulo de uma política de terror que vem sendo imposta em todo o país, deixando rastros de sofrimento humano em nome de lucros cada vez mais exorbitantes.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Ilhéus. 

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