Funcionários do BNB querem avanços
Participação nos Lucros e Resultados (PLR), plano de funções, reclassificação de agências e valores da diária de quilometragem dominaram os debates da negociação entre a CNFBNB (Comissão Nacional dos Funcionários do BNB) e o Banco do Nordeste, nesta sexta-feira (09/08). A negociação tratou das cláusulas econômicas, que incluem ainda, função de risco, isonomia, valorização dos caixas executivos, licença prêmio, enquadramento do assistente bancário, auxílios alimentação e refeição, reclassificação de agências, dentre outros.
O tópico sobre reclassificação das agências foi bastante discutido na mesa. A forma que o BNB realiza a classificação das unidades interfere diretamente na remuneração dos bancários, transformando inclusive em rendimento variável. A argumentação do banco sobre o esforço de melhorias estruturais e nos quantitativos de funcionários das unidades, apesar de ser necessário oferecer as condições adequadas de trabalho, isso não é suficiente para solucionar os problemas apresentados. O atual modelo faz com que, mesmo em unidades onde os funcionários tenham atingidos ou superados as metas estabelecidas, aquela unidade possa ser rebaixada, impactando na redução da remuneração dos funcionários. Algo equivocado e bastante desanimador para todos que compõe a unidade. A representação da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feebbase) defende que seja revisto e suspenso o atual critério, até que seja apresentado um novo modelo onde possa ser solucionado urgentemente este problemas.
PLR e diárias
Sobre a PLR, houve indicação que internamente o BNB estaria disposto a alterar as regras, notadamente sobre o limitador existente, mas que estaria ainda em negociações com a SEST. Sobre essa questão, o diretor da Feebbase Waldenir Britto, avalia que é necessário que o presidente do BNB possa usar de seu prestigio junto ao governo federal, para agilizar essa a mudança nas regras, que limitam os valores da PLR dos funcionários. “Cabe a Contraf, bem como as entidades nacionais, também pressionarem a SEST nesse aspecto. Vamos continuar a pressão para que a PLR do BNB possa ser paga em condições mais favoráveis ao funcionários!”
O BNB informou que fez ajustes no valor da diária de 8,33% , mas a comissão considerou insuficiente para as atuais condições que o mercado impõe, pois atualmente os valores são muito inferiores ao praticados no mercado, deixando os funcionários muitas vezes limitados e sem condições adequadas de manutenção nas localidades que estão a exercer suas atividades.
PCR e plano de funções
Sobre o PCR, ainda não foi tratado na mesa, devendo ser assunto da próxima negociação. Existe uma comissão paritária discutindo o PCR, mas até o presente momento os membros da comissão nacional ainda não tiveram conhecimento das tratativas que a comissão paritária está a discutir. Na opinião dodiretor Waldenir Britto “ seria oportuno que os membros da comissão nacional pudessem discutir antes, mas como até agora não foi possível, pelos limites até legais impostos pelo BNB, vamos ter que fazer um esforço muito grande para avançar num PCR que possa resolver os diversos problemas que enfrentamos atualmente, que vão muito além da igualdade dos níveis iniciais 1, 2,3 e dos limites dos níveis finais, onde muitos colegas estão “congelados” no nível 18!”
Foi apresentado também pelo BNB, dados que mostraram a relação de valores de comissões entre as agências e a direção geral. Existem divergências entre o entendimento do BNB e da comissão, sobre a equivalência de valores, com desvantagem para as agencias, segundo a Comissão.
Diversidade e igualdade de oportunidades
Na reunião, o banco ainda apresentou retorno sobre um dos pontos que engloba o tema “igualdade de oportunidades”, assunto tratado anteriormente em negociação. Apesar da proposta ser considerada positiva pela representação dos trabalhadores ( as), pois avança na questão de igualdade de oportunidade para as mulheres no BNB (ainda será formalizado e apresentado), a comissão entende que ainda se pode avançar muito mais sobre o tema igualdade de oportunidades.
Para o diretor da Feebbase Waldenir Britto, após finalizada a apresentação do total da minuta para o BNB , a hora é de cobrar as devolutivas por parte do banco. As devolutivas já apresentadas pelo banco mostram que é possível sim avançar. Agora é toda a categoria se mobilizar e acompanhar de perto as negociações, para que se consiga avanços importantes. “Questões como PCR, reclassificação de agências, condições de trabalho com rediscussão da metas, plano de função e critérios de concorrências, dentre outras, interferem na situação da saúde dos trabalhadoras e trabalhadores do BNB, portanto devem ter atenção especial por parte do banco e do conjunto da categoria.A hora é de mobilização intensa!”, finalizou o diretor.
A próxima negociação será na sexta-feira (16/08), em Fortaleza, de forma presencial.