Itaú: Aposentados intensificam mobilização por plano de saúde acessível
Os aposentados do Itaú continuam firmes na luta por um plano de saúde acessível. A mobilização é nacional e enquanto aguardam o resultado da mediação entre o banco e o Ministério Público do Trabalho (MPT), os bancários realizaram uma manifestação em São Paulo, nesta quarta-feira (20/2), para mostrar para a sociedade como o Itaú trata os trabalhadores após a aposentadoria.

Os bancários denunciam que após a extinção do período de manutenção da contribuição do banco, garantida pela Convenção Coletiva de Trabalho, os aposentados passaram a enfrentar grandes dificuldades financeiras devido à migração obrigatória do plano familiar para um individual, sem qualquer subsídio da instituição.
O valor do plano individual chega a R$ 1.929 por pessoa, podendo resultar em um custo de quase R$ 4 mil para um casal. Esse impacto financeiro tem sido insustentável para muitos aposentados, levando a uma mobilização crescente para pressionar o banco por soluções mais justas.
“Essa é uma reivindicação legítima dos trabalhadores aposentados do Itaú e, acima de tudo, tem um clamor social. Estamos solicitando ao banco uma proposta justa, buscando também a intermediação junto ao MPT para garantir à manutenção da saúde que é um direito fundamental desses trabalhadores”, ressaltou a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe Luciana Dória, que integra a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.
Entre as principais reivindicações dos aposentados, estão a criação de uma faixa de plano específica para aposentados e a suspensão dos reajustes das mensalidades enquanto as negociações estiverem em andamento. No entanto, o banco se recusou a suspender o reajuste, alegando que ele já foi aplicado em outras operadoras. Os aposentados, por sua vez, rejeitaram essa justificativa, destacando que o Itaú teve tempo suficiente para tratar do tema internamente. Desde outubro, o assunto está sendo discutido em um processo mediado pelo MPT.

