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Outubro Rosa 2022

Presidente da Federação pede afastamento da Contraf-CUT

O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Eduardo Navarro, solicitou à direção da Contraf/CUT, o seu afastamento do cargo de Secretário de Políticas Sindicais. O pedido leva em conta que o 10º Congresso da FEEB-BA/SE decidiu desfiliar-se da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e que a direção nacional da CUT não aceita a participação de entidades não-cutistas nas estruturas orgânicas, como é no caso a Contraf.


Eduardo lembra que participou ativamente durante 16 anos na CUT, desde 1991 quando a Corrente Sindical Classista (CSC) orientou a filiação a esta central, com a postura de contribuir na luta geral dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, na construção da unidade de ação, sempre na perspectiva de um sindicalismo classista e combativo. Navarro afirma que continuará em outra trincheira a construção da unidade dos trabalhadores, a ampliação da representação e da contratação de todos os trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro, o respeito e a solidariedade entre as entidades sindicais. Abaixo a íntegra da carta enviada à direção da Contraf:




Salvador - BA, 27 de novembro 2007



Aos Companheiros e Companheiras da Contraf



Venho comunicar a direção da Contraf/CUT - Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT - a decisão do 10º Congresso da Feeb Base, que após debate entre suas entidades de base, optou por desfiliar-se da Central Única dos Trabalhadores - CUT. Sabedor de resolução da direção nacional desta central no que concerne à participação de entidades não-cutistas nas estruturas orgânicas e sendo a Contraf uma entidade orgânica, peço meu afastamento do cargo de Secretário de Políticas Sindicais desta Confederação.


Foram 16 anos de participação ativa na CUT, desde 1991 quando a Corrente Sindical Classista - CSC orientou a filiação a esta central, que atuamos nas diversas instâncias internas da central, seja na estrutura horizontal pela CUT Bahia ou CUT Metropolitana ou na Escola de Formação Nordeste, seja na estrutura vertical pelo DNB, depois CNB e por último Contraf. Nossa postura durante todo este período foi no sentido de contribuir com a luta geral dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, na construção da unidade de ação, na luta por idéias mais avançadas, sempre na perspectiva da construção de um sindicalismo classista e de luta.


Se, com nossa participação na luta geral junto a outras categorias profissionais, pudemos contribuir com nossa solidariedade nos diversos processos de organização e de mobilização, foi sem dúvida na luta específica dos bancários e bancárias que pudemos dar nossa maior contribuição pela emancipação da classe trabalhadora. Aqui buscamos consolidar a organização sindical nos marcos do ramo financeiro, envolvendo os trabalhadores e trabalhadoras do setor bancário juntamente com os que trabalham nas financeiras, nas cooperativas de crédito, em empresas de cartão de crédito e os trabalhadores e trabalhadoras em empresas de terceirização. Uma grande aspiração, e visão de futuro, que estamos vendo frutificar com a celebração de acordos coletivos.


Porém, das diversas tarefas a que nos lançamos neste período, a mais dignificante, sem dúvida, foi a construção da unidade entre trabalhadores dos bancos públicos e dos bancos privados. Muitos duvidaram da validade desta orientação em função de incompreensões, dogmatismo ou oportunismo. Foi necessário construir um processo de teorização sobre a contratação coletiva no setor bancário e o posterior convencimento de dirigentes e militantes, fato que enriqueceu nossos debates para além das reivindicações econômicas. 


Companheiros e Companheiras, meu afastamento da direção da Contraf não representa meu afastamento da lide sindical. Minha opção pela atuação na defesa dos interesses imediatos e futuros da classe trabalhadora terá continuidade em outra trincheira. Estarei a partir deste momento construindo uma central sindical de caráter classista e democrático, estarei na Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB.


Na Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB, daremos continuidade aos mesmos propósitos estabelecidos anteriormente, quais sejam a construção da unidade dos trabalhadores, a ampliação da representação e da contratação de todos os trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro, o respeito e a solidariedade entre as entidades sindicais.


Sendo assim, deixo minhas saudações sindicais,



Eduardo Navarro

Presidente - Feeb Base



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