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Outubro Rosa 2022

SEEB-SE condena altas programadas no INSS

Em 28 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional de Prevenção e Combate à Ler/Dort -  Lesão por Esforço Repetitivo/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Nesse dia, o Sindicato dos Bancários realizou atos em defesa da saúde e fez protesto à alta programada no INSS. Foi realizada uma manifestação em frente ao INSS da Avenida Carlos Firpo, pela manhã, para cobrar mais agilidade e respeito aos beneficiários da Previdência Social.

Presentes à manifestação no INSS estiveram representantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB -, através do coordenador em Sergipe, Edival Góis; da Federação de Trabalhadores na Agricultura de Sergipe - Fetase -, Manoel Júlio de Santana; do Sindicato dos Gráficos, Jurandir Pereira; do Sindicato dos Rodoviários, Sivaldo Silva Lima; e da União Brasileira de Mulheres - UBM -, Elinete Rodrigues.

O protesto maior foi contra as altas programadas naquele órgão. "Nós vamos denunciar o perito que agir como adivinho,  prevendo o tempo de cura para uma doença incurável. O trabalhador precisa ser examinado com cuidado, para ter um diagnóstico correto", cobra Ivânia Pereira, secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Bancários.

Ivânia destacou que quem financia a Previdência são os empregados e eles não podem ser tratados com descaso. "A gente quer ter saúde para trabalhar, para produzir. Ninguém vem para a Previdência se não estiver realmente precisando. Os trabalhadores têm que ser tratados com dignidade", diz ela.

A campanha procurou conscientizar a população da necessidade de prevenir essa doença, que atinge milhares de trabalhadores no Brasil, com predominância nos bancários. "A gente quer que sejam agilizados os processos de aposentadoria e atendimentos aos acometidos de Ler/Dort", acrescenta Ivânia.

"Estamos condenando essa atitude perversa e desumana da Previdência Social. O Sindicato dos Bancários vem aqui porque os trabalhadores dos bancos são expostos a essas doenças, em decorrência do esforço repetitivo exigido no seu trabalho", afirma José Souza, presidente do Sindicato.

Segundo Souza, essa é uma doença da modernidade, que tem acometido homens e mulheres, que estão perdendo a capacidade laborativa. "O trabalhador que vem aqui, vem buscar um apoio previdenciário, e nós estamos pedindo que eles tenham um atendimento acolhedor", cobra Souza.

Souza também condena a alta programada. "Isso não tem sentido, é um absurdo. O certo é a Perícia fazer o exame e depois emitir o parecer correto, e não utilizar um formulário pronto, com alta programada, sem considerar o estágio em que se encontra o lesionado", critica Souza.

MAIS OPINIÕES
"Nós estamos nos somando a essa luta do Sindicato. Essa é uma doença adquirida no trabalho, em decorrência da ganância do empregador, que exige cada vez mais do seu empregado. Então, é preciso que a Previdência agilize os processos, porque o trabalhador tem esse benefício garantido", diz Manoel Júlio, da Fetase.

 "Nossa área é também bastante acometida pela Ler/Dort, porque os patrões não permitem os dez minutos de descanso a cada hora trabalhada", reforça o gráfico Jurandir.

"Muitas vezes os peritos do INSS dão alta aos trabalhadores sem eles estarem aptos a trabalhar, e as empresas não aceitam eles de volta. Então fica num impasse", critica Sivaldo Lima, secretário do Sindicato dos Rodoviários.

À tarde, foi realizada a caminhada, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde, com o tema ‘aLERtaí, o caminho é prevenir'. Apesar do dia bastante chuvoso, a ‘Caminhada pela Saúde' teve um número bom de participantes, de vários movimentos sociais. Saiu da Praça General Valadão, em frente ao Banco do Brasil, passando pelo Calçadão da João Pessoa, e finalizou-se na Praça Fausto Cardoso.
 

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