SEEB/SE lança Campanha Salarial dos Bancários em Aracaju
O Sindicato dos Bancários de Sergipe lançou a Campanha Salarial 2008, na última segunda-feira, dia 18, no Calçadão da João Pessoa, em frente à Caixa Econômica. Houve panfletagem e apresentação da bandinha de música ‘Os Feras do Frevo', que chamou a atenção das pessoas que passaram pelo local. "Estamos aqui realizando uma movimentação para valorização do trabalho. O piso salarial dos bancários é muito baixo, e os banqueiros têm condições de pagar mais", disse o presidente do SEEB/SE, José Souza.
No último dia 13, o Comando Nacional dos Bancários entregou a pauta de reivindicações à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e as pautas específicas ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. A pauta, que tem como carro-chefe a busca pelo piso nacional da categoria, foi aprovada na Conferência Nacional dos Bancários, realizada em São Paulo no final de julho. A primeira rodada de negociação entre banqueiros e bancários já está marcada para o próximo dia 27.
"Essa é uma campanha de conscientização da população. Historicamente, os bancos vêm reduzindo o quadro funcional, enquanto seus lucros vêm crescendo. Com esse dinheiro, muitos bancários poderiam ser contratados para que a população fosse melhor atendida. Além disso, os bancários vêem dia-a-dia seus salários sendo achatados", afirma o secretário geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Sergipe (Sindiserj), o ex-bancário Anselmo Cardoso, que foi prestar seu apoio à categoria.
Para o coordenador estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Edival Góis, essa luta de valorização do trabalho deve ser de toda a população. "Este debate está no país inteiro. O Sindicato está chamando a categoria para a luta e a população para apoiar as reivindicações dos bancários, que clamam por aumento de empregos, o que beneficia também a sociedade", diz Edival.
A categoria está lutando por um reajuste de 13,23%, que compreende a inflação do período mais 5% de aumento real. "O Sindicato dos Bancários, mais uma vez, tem que demonstrar força. Os bancários nunca tiveram um salário justo, por isso a luta tem de continuar. O melhor seria que houvesse uma greve geral das categorias", defendeu o bancário aposentado Hélio Pacheco.
Com relação ao piso salarial, será buscado um aumento progressivo, em três anos, até que atinja o salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que atualmente é de R$ 2.074.
"Nós estamos cobrando salários dignos para os trabalhadores. O Sintasa (Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Estado de Sergipe) apóia a luta dos bancários, que é uma luta pela valorização do trabalho", reforçou Augusto Couto, presidente da entidade, que esteve presente ao lançamento da Campanha dos Bancários.
Opiniões dos diretores do SEEB/SE
Para o diretor do Sindicato dos Bancários Adilson Azevedo, é necessário continuar a busca pela valorização do trabalho. "Os bancos batem recorde todos os anos à custa do trabalho dos bancários, que têm a jornada extrapolada e muitos acabam ficando doentes", disse.
O diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, José Américo, defendeu a realização de concursos e a contratação de mais funcionários.
"Quando o Sindicato cobra mais contratações e cumprimento à Lei dos 15 Minutos, está pensando também na população", afirma Pureza Sobrinha.
"Os banqueiros vêem seus lucros crescerem ano após ano, então, a reivindicação do reajuste e de melhores condições de trabalho é mais do que justa", reforçou Adelmo Rodrigues.
Veja algumas das reivindicações
Piso nacional
Reajuste de 13,23%
PLR maior
PCS para todos
Fim das metas abusivas
Vale-refeição de R$ 17,50
Cesta-alimentação de R$ 415
13ª cesta-alimentação
Novas conquistas
Auxílio-educação
Plano de Previdência Complementar
Eixos políticos
Defesa dos bancos públicos
Redução da taxa de juros.
Edivânia Freire/SEEB/SE