Sindicato vai à Justiça contra demissão ditatorial do Banese
Sem conseguir, na base do diálogo, reverter a atitude ditatorial da direção do Banese, que demitiu sem justa causa o trabalhador e membro da CIPA - Comissão Intersindical de Prevenção de Acidentes -, Aroldo Max, o Sindicato está recorrendo à Justiça. A direção do banco já foi procurada, mas não quer reparar o erro. "Estamos indignados. A demissão agride a Constituição Federal. Aroldo fez parte da comissão eleitoral da última eleição do Sindicato. Essa atitude não deveria partir de um banco público", protestou o presidente José Souza. A indignação é maior porque, além de demitir Aroldo sem justa causa, o Banese ainda tentou comprar a sua estabilidade. Toda essa arrogância mostra que a direção do banco não está preparada para conviver com o contraditório. Estamos no regime militar? Inclusive, um ex-presidente do sindicato, Augusto dos Santos, assistiu a conversa que o Sindicato teve com o presidente do Banese, João Andrade, para tentar reverter o absurdo, mas permaneceu calado. Ironicamente, o mesmo Augusto dos Santos que viveu drama parecido no Banco do Brasil, e foi defendido pelo mesmo Sindicato que hoje tenta ignorar. "Ele assistiu a tudo calado. É como se estivesse assinando em baixo da decisão do banco. Mas vamos defender Aroldo em todas as instâncias", garante Souza. A assessoria jurídica do Sindicato já está agindo para que as providências cabíveis sejam tomadas. |