Vacinação contra a gripe segue com baixa adesão e expõe falhas estruturais
Com menos de 40% do público-alvo imunizado, a cobertura vacinal contra a gripe está muito aquém do necessário e acende o alerta entre especialistas em saúde pública. Diante do cenário preocupante, o Ministério da Saúde decidiu estender a campanha nacional de vacinação contra a influenza até 31 de julho, na tentativa de conter o avanço da doença e proteger os grupos mais vulneráveis.
A baixa procura, no entanto, não se explica por uma simples falta de informação individual. Trata-se de um reflexo direto de anos de desmonte das políticas públicas de saúde: cortes de recursos para o SUS, desmobilização das campanhas institucionais e o enfraquecimento do discurso pró-vacina contribuíram para esse retrocesso. Ao mesmo tempo, o negacionismo ganhou espaço, minando a confiança da população em práticas científicas fundamentais.
Esse cenário impacta diretamente a classe trabalhadora, que se vê mais exposta a doenças, com maior risco de adoecimento e sobrecarga física e emocional. A ausência de políticas efetivas de prevenção agrava desigualdades e amplia a vulnerabilidade de quem mais precisa de proteção.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (https://www.bancariosbahia.org.br/)