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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

23° Conecef reafirma compromisso com a jornada de 6h para todos os empregados

 

Luta do movimento nacional dos empregados é pelo respeito à jornada de seis horas. Conquista é de 1985 e desencadeou processo de organização dos bancários da Caixa

O atual contingente de empregados da Caixa realiza atividades cada vez mais diversificadas e complexas, dentro de uma realidade crônica de aumento de trabalho com carência de mão-de-obra. Essa situação se reflete decisivamente nas áreas de atendimento e, na maioria das vezes, provoca sufoco cada vez maior em relação ao cumprimento da jornada de trabalho, com gargalos danosos no desenvolvimento profissional e na saúde dos bancários.

O respeito à jornada de seis horas para todos os empregados caminha de braços dados com a necessidade da direção da Caixa de contratar mais trabalhadores. Essa reivindicação, inclusive, está incorporada às mobilizações das entidades associativas e sindicais e será tema de debate do 23° Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), agendado para os dias 30 e 31 de julho em São Paulo (SP).

No passado, a luta pela jornada de seis horas - uma conquista de 1985 - desencadeou todo um processo de organização dos empregados da Caixa de norte a sul do país, levando também a que esses trabalhadores fossem reconhecidos como bancários. Hoje, o movimento nacional dos empregados não abre mão de que essa jornada seja devidamente cumprida pela empresa, lutando ainda pelo fim das oito horas para cargos comissionados e de assessoria e para os cargos de carreira profissional (engenheiros, arquitetos e advogados), mas sem redução salarial.

No final do ano passado, quando a Caixa expediu circular interna para reduzir os salários dos ocupantes de cargos técnicos que impetraram ações judiciais contra a 7a e a 8a horas, liminares obtidas por sindicatos de bancários reafirmaram um direito histórico: respeito à jornada de seis horas. Com base nesse princípio, as entidades sindicais e associativas defendem ainda o registro obrigatório no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) para todos os empregados, inclusive para os de nível gerencial, e o fim das horas extras sistemáticas.

Hora extra é um abuso recorrente no âmbito da Caixa. Para pôr fim a tamanho desrespeito, as delegadas e os delegados do 23° Conecef discutem o item da jornada de trabalho em um dos quatro grupos de trabalhos temáticos previstos. Nesta perspectiva, há a necessidade de que seja adotada com a máxima urgência a compensação das horas extras na proporção de 1,5 horas de descanso para cada hora trabalhada. Também devem ser pagas as horas extras realizadas durante viagens e atividades externas feitas por engenheiros e arquitetos, técnicos sociais e outros cargos.

Em relação ao Sipon, o movimento nacional dos empregados reivindica ainda a imediata implantação do login único, o fim do registro de horas negativas e o fim do bloqueio de acesso ao sistema, motivado muitas vezes por falta de homologação do gestor.

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