7ª Conferência Internacional Pesquisa e Ação Sindical

A conferência, que vai até o dia 30, será voltada para dirigentes sindicais, trabalhadores, representantes empresariais, pesquisadores, estudantes e interessados em geral.
Local: |
Hotel San Raphael, São Paulo |
Data: |
27 a 29 de novembro de 2007 |
Público Alvo: |
dirigentes sindicais |
Inscrição gratuita: |
"O evento marca um momento importante do Observatório Social e do movimento sindical brasileiro", avalia o supervisor institucional do Observatório, Amarildo Dudu Bolito. "Durante dez anos pesquisamos e colocamos à disposição dos trabalhadores dezenas de pesquisas que resultaram em um amplo panorama de como atuam as empresas no Brasil".
O Instituto Observatório Social analisa e pesquisa o comportamento de empresas multinacionais e nacionais em relação aos direitos fundamentais dos trabalhadores. Esses direitos estão assegurados, principalmente, nas convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que tratam da liberdade sindical, negociação coletiva, trabalho infantil, trabalho forçado, discriminação de gênero e raça, meio ambiente, saúde e segurança ocupacional.
Durante os três dias de seminário serão realizados os seguintes painéis:
- Os direitos fundamentais do trabalho: 10 anos de Ação e Pesquisa - 10 anos do Observatório Social
- Multinacionais e Meio Ambiente;
- Ascensão da China e os impactos sobre a América Latina: uma perspectiva dos movimentos sociais;
- A cadeia produtiva do alumínio no Norte do Brasil;
- Responsabilidade Social Empresarial na cadeia produtiva do alumínio;
- Trabalho decente em tempos de globalização: Antigas questões, novas respostas;
- Ainda existe trabalho escravo no Brasil? Por quê?
As inscrições são gratuitas. Solicite pelo e-mail O endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript para vê-lo.">O endereço de e-mail está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript para vê-lo.
Programação:
Terça-feira 27/11
19h - Abertura solene
- Artur Henrique da Silva Santos - presidente do Instituto Observatório Social e da CUT
- João Felício - secretário de Relações Internacionais da CUT
- Representante do DIEESE
- Representante da Rede Unitrabalho
- Representante do CEDEC
- Representante do Instituto Ethos
- Representantes da OIT
- Representante do Centro de Solidariedade da AFL-CIO
- Representante da FNV Mondiaal
20h30 - Coquetel em comemoração aos 10 anos do Instituto Observatório Social
Quarta-feira 28/11
9h às 13h
Painel
OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO TRABALHO - 10 ANOS DE AÇÃO E PESQUISA, 10 ANOS DO INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIAL
O objetivo da mesa é discutir os avanços obtidos pelo movimento sindical brasileiro no que diz respeito aos direitos fundamentais do trabalho à luz da experiência de pesquisa do Instituto Observatório Social (IOS) nos dez anos de sua existência. Para isso, foram convidados dirigentes sindicais representantes da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), CONTRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores Financiários), e CNQ (Confederação Nacional dos Químicos).
Expositores:
- Fábio Lins - Confederação Nacional dos Químicos
- Representante do Comitê ThyssenKrupp - Confederação Nacional dos Metalúrgicos
- Gutemberg Oliveira- Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
- José Drummond - coordenador do projeto CUT Multi
13h - almoço
14h às 16h
Painel
MULTINACIONAIS E MEIO AMBIENTE
No Painel Multinacionais e Meio Ambiente será feita a divulgação da pesquisa que faz parte do projeto que tem o mesmo nome, também chamado de projeto AMA. A pesquisa envolve a análise do comportamento sócio-trabalhista e ambiental de quatro empresas multinacionais do setor de bebidas e alimentos: Ambev, Coca Cola, Nestlé e Unilever Bestfoods. A investigação abrange, além do Brasil, mais quatro países: Argentina, Colômbia, Equador e Peru.
Expositores:
- Representante do meio acadêmico
- Representante do CFES/Lasos - Argentina
- Representante do Programa de Desarollo Laboral (Plades) - Peru
- Lilian Arruda e João Paulo Veiga - IOS - Brasil
- Jana Silverman da Escola Nacional Sindical - Colômbia
- Victor Lopez - pesquisador - Equador.
16h15 às 18h
Painel
ASCENSÃO DA CHINA E OS IMPACTOS SOBRE A AMÉRICA LATINA: UMA PERSPECTIVA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
O objetivo deste painel é discutir o que caracteriza o dinamismo da economia chinesa e como isto vem afetando as várias economias latino-americanas. Os novos fluxos de comércio e de capitais provenientes da China têm favorecido alguns setores e deslocado outros, mas não da mesma maneira. Ao qualificar estas transformações econômicas, procura-se questionar a visão ingênua de que não se pode fazer nada depois que os "chineses tomaram a economia mundial". A realidade é muito mais complexa.
Depois da discussão deste panorama geral, são colocadas algumas questões para os movimentos sociais. Quais são os riscos da ascensão chinesa para países como o Brasil? Existem possibilidades a serem aproveitadas? Quais os setores mais prejudicados e de que forma? É possível articular uma estratégia comum a partir dos movimentos sociais da região, ou cada um deve enfrentar o desafio chinês à sua própria maneira?
Expositores:
- Prof. Dr. Mariano Laplane - Diretor do Instituto de Economia da Unicamp (a confirmar)
- Alexandre Barbosa - IOS - Brasil
- Relato de experiências em países latino-americanos.
Quinta-feira 29/11
9h às 11h
Painel
A CADEIA PRODUTIVA DO ALUMÍNIO NO NORTE DO PAÍS
Este painel tem o objetivo de relatar o maior processo de pesquisa já realizado pelo IOS. Trata-se de um estudo que envolve a participação de cinco empresas que compõem a cadeia produtiva do alumínio, desde a mineração da bauxita até a produção do alumínio primário, no coração da Amazônia.
Estão envolvidos no processo quatro sindicatos, três confederações (duas da CUT e uma da Força) e duas Centrais Sindicais - CUT e Força Sindical. Representando as empresas estão alguns dos pesos pesados da siderurgia mundial, a americana Alcoa, a australiana BHP Billiton, a brasileira CVRD, além de empresas japonesas, alemãs, norueguesas e outros grupos nacionais.
Contaremos com a participação de representantes das empresas e dos trabalhadores. O IOS apresentará um panorama do setor, destacando alguns pontos do estudo e fase final de consolidação.
Empresas pesquisadas: MRN, Mineração Rio do Norte; Albrás; Alunorte; Mina de Juruti (Alcoa), no estado do Pará. E a Alumar, no estado do Maranhão.
Sindicatos envolvidos: Mineiros de Oriximiná (representa os trabalhadores da MRN e da Mina de Juruti); Quimicos de Barcarena (Alunorte); Metalúrgicos de Barcarena (Albrás); Metalúrgicos do Maranhão (Alumar).
Expositores:
- Representante da Albrás
- Representante da Alumar
- Representante da Alcoa (Juruti)
- Representante da Alunorte
- Representante da MRN
- Representante do Sindicato dos Mineiros de Oriximiná
- Representante do Sindicato dos Químicos de Barcarena
- Representante do Sindicato dos Metalúrgicos do Maranhão
- Representante do Sindicato dos Metalúrgicos de Barcarena
- Amarildo Dudu Bolito / Maria Lúcia Vilmar - IOS
11h15 às 13h
Painel
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL NA CADEIA PRODUTIVA DO ALUMÍNIO
Este painel será dedicado às experiências de RSE desenvolvidas por algumas empresas do setor, com os comentários e depoimentos dos dirigentes sindicais e posteriormente a análise do IOS.
No painel anterior, avaliou-se o comportamento social e trabalhista das empresas, ou seja, o grau de responsabilidade social que as empresas desenvolvam junto a seus trabalhadores.
No entanto, todas as empresas estão localizadas na Amazônia legal, isto tem um significado ímpar porque as ações desenvolvidas no entorno, quando sustentáveis, têm um impacto muito positivo. O contrário também é verdadeiro, são atividades de extremo risco do ponto de vista ambiental, com um grande potencial para impactar negativamente. É muito importante a visão dos diversos atores envolvidos neste processo.
Expositores:
- Representantes de empresas do setor
- Representantes de sindicatos do setor
- Regina Queiroz - coordenadora do programa de RSE do IOS
13h - almoço
14h às 16h
Painel
TRABALHO DECENTE EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO: ANTIGAS QUESTÕES, NOVAS RESPOSTAS.
Trabalho Decente é aquele exercido de forma digna, sem discriminação de qualquer espécie, em condições de segurança, remunerado de forma adequada, em ambiente que assegure a saúde, com liberdade de organização sindical, resguardando os laços de sociabilidade e diálogo social, fomentando a eqüidade e valorizando os direitos fundamentais do trabalho. Em que medida o Trabalho Decente é possível? Como os diferentes atores sociais - a OIT, os governos, o movimento sindical, o empresariado - estão engajados na promoção do Trabalho Decente, promovendo agendas e enfrentando a distância entre uma proposta de (aparente) consenso e a realidade indigna vigente nos mundos do trabalho?
Expositores:
- Representante da OIT
- Representante do Ministério do Trabalho e Emprego
- Representante do Governo do Estado da Bahia
- Representante do IPEA
- Representante do DIEESE
- Ronaldo Baltar - IOS / Universidade Estadual de Londrina
16h15 às 18h
Painel
AINDA EXISTE TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL? POR QUÊ?
O Trabalho Escravo Contemporâneo não aparece mais no padrão e com os grilhões presentes em nossa memória coletiva. No Brasil, Trabalho Escravo é crime, e usa-se o termo Trabalho Forçado ou Trabalho Escravo como sinônimos. Para a OIT, Trabalho Forçado é "todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual ela não tiver se oferecido espontaneamente" (Convenção n. 29, 1930; Convenção n. 105, 1957). Trabalho Forçado representa grave violação de direitos e restrição da liberdade humana, conforme definido nas convenções da OIT e em outros instrumentos internacionais e nacionais correlatos sobre escravidão, práticas análogas à escravidão, servidão por dívida ou condição servil. Toda a forma de Trabalho Escravo é Trabalho Degradante, mas a recíproca nem sempre é verdadeira; o que diferencia um conceito do outro é a não-liberdade de ir e vir que caracteriza qualquer trabalho assalariado. A tarefa dessa mesa será analisar o Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil de diferentes pontos de vista.
Expositores:
- Representante da OIT
- Representante do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego
- Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (CONTAG)
- Representante da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF)
- Representante da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
- Ana Yara Paulino - IOS / DIEESE
18h - encerramento
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Atividades Paralelas
27/11 - 13h às 18h - Painel sobre Pará coordenado pelo Centro de Solidariedade da AFL-CIO (somente para convidados)
30/11 - Reunião da Rede Latino-Americana de Pesquisa em Empresas Multinacionais - RedLat (somente para convidados)
30/11 - 9h30 às 17h - Seminário: "Monitoramento dos signatários do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo" (somente para convidados)