Menu
9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Acordos nacionais garantem avanços a bancários em países latinos

Série mostra que conquista já foi alcançada, além do Brasil, por bancários da Argentina, Uruguai e Espanha
A situação dos bancários de países que possuem acordos coletivos nacionais, como acontece no Brasil, Uruguai, Argentina e Espanha, é o tema da quarta reportagem da série produzida com trabalhadores da 3ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, realizada nos dias 22 e 23 de novembro, em São Paulo. O encontro contou com a participação de cerca de duzentos dirigentes sindicais empregados de alguns dos maiores bancos da América Latina e Espanha.

Argentina - O país reúne cerca de 50 mil bancários, em instituição financeiras públicas, privadas nacionais e estrangeiras. De acordo com o representante da La Bancária Argentina (sindicato único que representa todos os bancários), Eduardo Luiz Negro, o contrato coletivo é o mesmo para todos os funcionários.

Negro diz, no entanto, que o trabalho estressante das grandes concentrações como Call Center tem provocado um grande número de adoecimentos. "Há pessoas que desenvolvem problemas mentais e tendinite devido à grande pressão a que são submetidos", declara o dirigente, acrescentando que quando a saúde do bancário está comprometida o banco paga uma indenização e o demite.

Uruguai - Também com acordo único, existe o respeito à jornada de trabalho (6 horas nas instituições públicas e 6h30 nos privados). Os bancários - com salário mensal médio de US$ 1.000 - que se afastam por doença ocupacional mantêm todos os direitos durante o período de tratamento, inclusive o convênio médico extensivo à família. "A grande preocupação dos bancários no momento são as fusões que têm ocorrido. O ABN tem uma forte atuação no país e os trabalhadores estão preocupados com o que possa ocorrer", diz o dirigente da Associacion de Bancários Del Uruguay, Fernando Gambera, referindo-se à compra do banco holandês pelo consórcio em que está inserido o Santander.

Espanha - A realidade dos bancários da Espanha, em particular do Santander, é bem distinta da dos demais trabalhadores. Segundo o secretário federal de política internacional da Federación de Serviços Financieros Y Administrativos (Comfia-CCOO), Manoel Rodriguez Aporta, a renda mensal do bancário permite que tenha um padrão de vida digno. "No país também existe uma estrutura previdenciária e social que dá grande segurança aos trabalhadores", diz.

O acordo coletivo também é nacional e abrange empregados de todas as instituições financeiras, com negociações específicas para tratar de questões pontuais de cada empresa.

"Os acordos com os bancos, no caso de fusão e incorporação, dão mais proteção aos trabalhadores", declara Aporta. Praticamente não ocorrem demissões de bancários nessas operações porque há uma pré-aposentadoria que estabelece que a empresa mantenha o pagamento de 90% do salário pelo tempo que resta para o empregado se aposentar. "É o banco quem arca com os encargos da previdência social, o estado não tem qualquer despesa. E socialmente é importante, pois evita que haja tensão, violência, em virtude de desemprego."

 


Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar