Brasileiro é quem paga mais caro por energia elétrica na OCDE
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace Energia) aponta que os brasileiros enfrentam o maior ônus na conta de luz quando comparados a outros consumidores de 33 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Segundo o estudo, ao considerar o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, o impacto financeiro do consumo de energia é mais expressivo para os brasileiros do que para consumidores de nações como Estados Unidos, Espanha e Canadá. Em média, um quarto do orçamento mensal de uma família no Brasil é destinado ao pagamento de despesas relacionadas à energia.
A projeção da Abrace para o ano de 2023 indica que os brasileiros devem desembolsar R$ 119 bilhões em contas de luz. Deste montante, aproximadamente R$ 10 bilhões mensais são destinados exclusivamente para cobrir tributos e subsídios. A associação ressalta que 60% do valor da energia elétrica está relacionado aos custos de geração, transmissão e distribuição, enquanto os 40% restantes são compostos por "taxas, subsídios e impostos".
O ranking elaborado pela associação leva em conta dados de 2022 sobre a tarifa residencial no Brasil (Aneel), tarifas residenciais de países da OCDE (Agência Internacional de Energia) e o PIB per capita (Fundo Monetário Internacional). A Abrace argumenta que essa abordagem proporciona uma comparação mais precisa, destacando o verdadeiro impacto do custo de energia no orçamento de cada país.
Logo após o Brasil, que lidera o ranking dos países com o maior peso da conta de luz no orçamento do consumidor residencial, estão a República Tcheca, Grécia, Espanha, Costa Rica, Itália e Chile. Conforme o ranking da Abrace, os consumidores dos Estados Unidos pagam a tarifa mais barata entre 32 países analisados, ocupando a última posição no ranking.

