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O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) julgará na quarta-feira a aquisição do banco holandês ABN Amro pelo consórcio formado pelo banco britânico RBS (Royal Bank of Scotland), o espanhol Santander e o belga-holandês Fortis.
Nesta segunda-feira, o consórcio anunciou a obtenção de 86% das ações do ABN por 71 bilhões de euros (aproximadamente R$ 181 bilhões) -- o maior negócio da história da indústria bancária no mundo.
O conselho analisará se a compra prejudica o mercado brasileiro. A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), do Ministério da Fazenda, e a SDE (Secretaria de Direito Econômico), do Ministério da Justiça, recomendaram a aprovação do negócio.
A compra será submetida às autoridades concorrenciais do México, Rússia, Suíça, Taiwan e Japão e já foi aprovada nos Estados Unidos, Canadá, Turquia e pela União Européia.
Negócio
O consórcio de bancos anunciou nesta segunda feira a compra de 86% das ações do ABN Amro. Na sexta-feira, o britânico Barclays retirou a oferta de compra do ABN, alegando que seus acionistas não mostraram interesse na aquisição.
A venda do ABN criará o terceiro maior banco do Brasil --lugar hoje do Itaú-- ficando atrás do Banco do Brasil e Bradesco. A proposta prevê a divisão do ABN em três partes, ficando o Banco Real no Brasil com o Santander.
Diferentemente da maioria dos negócios de fusão e aquisição, onde as duas partes são interessadas na transação, os gestores do ABN são contra a venda para o consórcio. Isso porque o negócio representa o fim de sua presença mundial.
O ABN tem cerca de 4.500 agências e emprega 105 mil pessoas em 53 países. A divisão do banco deve levar à demissão de cerca de 19 mil bancários, sendo 13 mil na Holanda.
*Folha Online Brasília
09/10/2007
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