Cesta básica sobe em 11 capitais
O custo dos gêneros alimentícios de primeira necessidade recuou, em outubro, em cinco das 16 capitais onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Todas as localidades onde houve queda são do Nordeste: Natal (-6,77%), Aracaju (-3,65%), Recife (-2,12%), João Pessoa (-1,02%) e Fortaleza (-0,53%). Nas demais regiões pesquisadas, os aumentos situaram-se entre 0,71%, em Brasília e 4,31%, em Belém.
Porto Alegre, onde a cesta custou R$ 213,97; São Paulo, cujo custo ficou em R$ 201,25 e Rio de Janeiro, onde a cesta teve valor de R$ 194,27, continuaram a ser em outubro as capitais mais caras e, em todas, a alta superou 3,0%. Os menores valores foram verificados em Recife ( R$ 142,07), João Pessoa (R$ 143,16) e Fortaleza (R$ 146,96).
Com base no valor apurado para a cesta em Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro, este salário deveria corresponder a R$ 1.797,56, 4,73 vezes o mínimo em vigor, um valor R$ 60,00 superior ao registrado em setembro, de R$ 1.737,16, que correspondia, então, a 4,57 vezes o mínimo vigente, de R$ 380,00.
Variações acumuladas
Entre janeiro e outubro deste ano, todas as 16 capitais acumulam alta no custo dos produtos alimentícios de primeira necessidade. As elevações mais significativas ocorreram em Vitória (15,60%), Porto Alegre (14,90%), Rio de Janeiro (13,35%) e Salvador (12,50%). As menores variações acumuladas foram apuradas em Brasília (3,47%), Goiânia (6,09%), Curitiba (6,65%) e João Pessoa (6,93%).
Em 12 meses - de novembro de 2006 a outubro último - houve alta em todas as capitais. No entanto, em quatro localidades os aumentos acumulados foram inferiores ao reajuste concedido ao salário mínimo este ano (8,57%): João Pessoa (4,79%), Florianópolis (7,91%), Belo Horizonte (8,42%) e Curitiba (8,54%). Este resultado indica a redução do movimento altista, uma vez que nos 12 meses completados em setembro todas as localidades apresentavam alta superior ao aumento do salário mínimo. As elevações mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (19,49%), Belém (17,18%), Rio de Janeiro (16,50%) e Vitória (15,79%).