Cobrança por metas no Santander é desumana
O desrespeito do Santander aos funcionários brasileiros durante a pandemia causada pelo coronavírus tem sido alvo de manifestações pelo país. Além de realizar demissões no período de crise sanitária, o banco espanhol aumentou consideravelmente a cobrança de metas. Uma política perversa que chega a ser desumana.
Segundo denúncias recebidas por sindicatos, os bancários são pressionados diariamente e sofrem com assédio moral. Na regional de Salvador, apenas nesta sexta-feira (19/06), a meta de venda dos empregados é de 1.500 produtos. Um número absurdo, principalmente diante do cenário de crise em que as pessoas estão puxando o freio de mão em decorrência das incertezas econômicas.
Não é só isso. O Santander, que lucrou mais de R$ 3,8 bilhões em apenas três meses, ainda condiciona a doação de alimentos às metas. Caso o resultado seja alcançado, serão doados 150 quilos para instituições da capital baiana e de Lauro de Freitas.
No início de junho, representantes dos funcionários trataram da prática abusiva com direção da empresa. As denúncias eram em torno da campanha absurda que estabelecia ao bancário a venda de 10 produtos até o dia 10 de junho e o constrangimento de postar fotos com cartaz mostrando a produção.
No momento em que a proteção à saúde dos empregados e da população deveria ser prioridade, o Santander se preocupa em encher ainda mais os cofres.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia.

