Combate ao trabalho escravo resgata 88 trabalhadores em 15 dias
Os auditores fiscais ficaram parados por 23 dias, porque a libertação de 1.800 trabalhadores na Fazenda Pará Pastoril Agrícola (Pagrisa), no Pará, no dia 2 de julho, foi questionada judicialmente pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), por entidades patronais e uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil no estado.
A volta ao trabalho ocorreu depois que um termo de cooperação foi assinado pelo Ministério do Trabalho e a Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo o coordenador nacional do Grupo de Fiscalização Móvel do MTE, Marcelo Campos, a Convenção 81 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) garante a independência dos auditores fiscais nas atuações.
"O convênio firmado com a AGU foi fundamental para garantir uma atuação imediata para resguardar as competências dos auditores fiscais e também das outras instituições que compõem o grupo", afirmou. Os trabalhadores resgatados têm direito a receber seguro-desemprego, alimentação, hospedagem e transporte aos locais de origem.