CTB: Congresso Histórico
O ginásio do Sesc, em Venda Nova, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG) estava lotado quando foi eleita, na manhã da última sexta-feira, a diretoria da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Entre os presentes estavam 1.200 delegados de 450 entidades sindicais de todo o país e cerca de 300 convidados, jornalistas e mais a delegação internacional, composta de 18 países como Cuba, Espanha, Portugal, Congo, entre outros, que participaram do evento histórico.
A direção da nova Central é formada por 71 membros com mandato de dois anos. Wagner Gomes, do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foi o escolhido para a presidência. Da Bahia, ocupa a vice-presidência David Wylkerson de Souza, da Fetag. Pascoal Carneiro, do Sindicato dos Metalúrgicos, é o secretário-geral, Eduardo Navarro, da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, é secretário de finanças adjunto, Ana Rita Miranda, da Fetag, ocupa a Secretaria de Jovens. Na Secretaria de Combate ao Racismo está Dalva Leite, do Sindicato dos Comerciários. Raimundo Britto, da Fetracon, é diretor executivo para a área de construção civil e o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) ocupa a direção plena. A coordenação da entidade no Estado está a cargo de Adilson Araújo, diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários da Bahia.
O Congresso de Fundação da CTB é o clímax de oito meses de debates entre trabalhadores das mais diversas categorias do Brasil, impulsionados pela Corrente Sindical Classista (CSC), pelo Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB) e outros setores independentes. A nova Central, de caráter classista, conta com a participação de 700 entidades filiadas e já é a terceira maior central brasileira.
UNIDADE
A CTB já nasce com seu plano de lutas definido. "A unicidade do movimento sindical brasileiro é um fator indispensável para fazer frente à ofensiva neoliberal que predomina no Brasil e avançar na luta por um projeto de desenvolvimento nacional, pavimentado na democracia e na valorização do trabalhador", explica o coordenador da CTB na Bahia, Adilson Araújo.
A primeira proposta concreta no sentido da integração das centrais sindicais é a construção do Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) para debater o tema e eleger uma coordenação para dar encaminhamento a reivindicações comuns como salário mínimo nos parâmetros do Dieese, redução da jornada sem diminuição do salário, defesa de direitos, projeto de desenvolvimento, entre outros.