Jornada contra a fome e a má nutrição se inicia este mês
Adital - No próximo 16 de outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Este ano o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas pela Agricultura e a Alimentação (FAO, sigla em inglês) busca relembrar a toda a sociedade planetária que o direito à alimentação é parte dos direitos fundamentais dos seres humanos. Na América Latina, o Movimento Continental de Cristãos/ãs pela Paz, com Justiça e Dignidade (MCCPJD) realizará de 14 a 21 de outubro uma ação para denunciar e visibilizar o crescente problema da fome e da má nutrição.
Para o MCCPJD, essa é a oportunidade para levantar uma voz capaz de "incidir na opinião pública e abrir um precedente que manifesta a ilegitimidade das políticas econômicas em curso. Para isso, necessitamos articular grande quantidade de esforços locais a essa luta continental". Segundo os organizadores da ação, esses são esforços para resistir ao modelo econômico e gerar propostas de solução ao problema da alimentação.
Em diversos lugares do continente, os povos irão às ruas se posicionar contra as políticas agropecuárias e comerciais que são promovidas a partir de organismos internacionais e dos estados nacionais. A jornada de ação é para frear o avanço dos acordos econômicos bilaterais e multilaterais que os países em desenvolvimento estão assinando com as potências mundiais, o que está deixando vulnerável a segurança alimentar dos povos.
"Queremos gerar um espaço de análise e ação sobre o tema da fome na América Latina, onde possamos discutir sobre o impacto das políticas neoliberais geradoras de fome, miséria e dependência dos grandes grupos econômicos e deixam os camponeses, pescadores e aos consumidores dos países ‘pobres' em uma desvantagem em relação aos países ‘ricos' ".
Os participantes das manifestações vão discutir e investigar o impacto dos tratados comerciais e as políticas de liberalização econômica. Vão também analisar o papel do Estado frente à vulnerabilidade do direito à alimentação entendido como um problema público e de direitos humanos.