Menu
55 anos da Federação

Mais da metade dos acordos coletivos obteve reajuste abaixo da inflação em junho

A tímida recuperação da economia registrada pelo IBGE no primeiro trimestre deste ano não aliviou muito a vida dos assalariados, que continuam acuados pelo desemprego e fustigados pelo arrocho dos salários. Em 132 acordos e convenções coletivas celebrados em junho e registrados pelo Dieese observa-se que 53,8% não conseguiram repor perdas inflacionárias, outros 19,7% tiveram reajustes iguais à inflação e 26,5% conquistaram aumentos reais.

Cumpre ressalvar que esses percentuais podem mudar com a inserção de novos acordos. Os dados indicam que prevalece uma tendência majoritária de arrocho dos salários. Estes perdem poder aquisitivo em decorrência da carestia, sendo que a capacidade de resistência e luta das categorias nas negociações salariais é seriamente debilitada pelo desemprego em massa.

Até junho, haviam sido registrados no Mediador do Dieese cerca de 1.800 reajustes salariais referentes às datas-bases de 2021. O percentual de instrumentos com resultados acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE), naquele mês, aumentou de 19,4% para 21,6%; os reajustes iguais à inflação passaram de 16,9% para 36,8%; e o percentual abaixo caiu de 63,7% para 41,6%.

Entre as categorias pesquisadas, as negociações dos profissionais da educação privada, operários da construção e mobiliário e da indústria metalúrgica se destacam, por apresentarem reajustes acima do INPC-IBGE em pelo menos 29% dos casos.

Os piores resultados foram os das negociações do turismo e hospitalidade e os da saúde privada, com, respectivamente, 82,8% e 79,6% dos instrumentos com reajustes abaixo do INPC.

Segurança

O Caderno de Negociações do Dieese informa também que o número de trabalhadores/as em ocupações relacionadas à proteção e segurança no setor privado caiu 17% entre o 1º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (Pnad-C). A queda foi maior entre os/as mais jovens e entre os/as acima de 60 anos.

Em contraposição, cresceu sensivelmente o número de mortes. Entre janeiro e maio de 2020, foram 725 desligamentos por morte de trabalhadores/as na faixa etária compreendida entre 40 e 59 anos, que sofreu menos com as demissões. Em 2021, no mesmo período, foram 2.421, três vezes mais.

Fonte: Portal CTB

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar