Mais de 320 mil crianças podem estar fora dos atendimentos do Peti
Esse número pode ser ainda maior, pois, atualmente, apenas metade das cidades que tem o Peti alimenta o sistema com dados. Ante esse levantamento, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) disse que irá checar se as crianças retiradas de situações de exploração de mão-de-obra estão integradas em ações socioeducativas.
Entre as ações sócio-educativas, no contra-turno da escola, estão atividades de reforço escolar, artísticas e esportivas. Essas atividades buscam efetivar a retirada das crianças e adolescentes do trabalho, pois o valor da bolsa paga às famílias - R$ 40 por criança na área urbana e R$ 25 no meio rural - não estava sendo suficiente para que essas deixassem os locais de trabalho.
Para participar do programa contra-turno, os meninos e meninas têm que estar vinculados a uma ação governamental ou a uma organização não-governamental que promova atividades. O Sistema do Peti tem, segundo dados dos 1.681 municípios já cadastrados, 7.045 núcleos do contra-turno funcionando, o quais recebem 268.847 jovens.
Embora o MDS diga não ter precisão sobre se as crianças apenas não estão cadastradas, ou se realmente estão sem atendimento; a Agência de Notícia dos Direitos da Infância (ANDI) contatou os órgãos de fiscalização do trabalho infantil em Manaus, na Paraíba e em Brasília e constatou que a maioria das crianças está mesmo sem atendimento.
As informações são da Andi (http://www.andi.org.br/)