Pandemia pode aumentar exploração do trabalho infantil
Nesta sexta-feira (12/06), Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, através de uma campanha nacional, o Ministério Público do Trabalho (MPT) denuncia: “Covid-19 agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil”.
O MPT, por meio da campanha, alerta para a vulnerabilidade socioeconômicas das famílias brasileiras, que vem sendo aprofundada pelos impactos da pandemia do novo coronavírus e coloca inúmeras crianças e adolescentes em situação de explosão de trabalho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016, mesmo proibido, o trabalho infantil no Brasil atinge 2 milhões de meninos e meninas entre 5 e 17 anos.
O trabalho infantil, além de ser invisibilizado, é naturalizado. Crianças são colocadas para trabalhar para ajudar a família e subverte a lógica da proteção da Infância e da Adolescência. Números do Sistema de Informação de Agravos e Notificações (Sinan), do Ministério da Saúde, evidenciam que o trabalho infantil é uma ameaça concreta à vida das crianças brasileiras. De 2007 a 2019,foram registrados 279 acidentes fatais entre crianças de 5 a 17 anos que estavam trabalhando ilegalmente.
Através da ligação (gratuita) para o Disque 100, as suspeitas de exploração do trabalho infantil podem ser denunciadas. Somente em 2019, das mais de 159 mil denúncias de violações a direitos humanos recebidas pelo Disque 100, cerca de 86 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes.

