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Plenária final do Conselho Estadual reafirma força da CTB Bahia

Os 261 delegados e delegadas encerraram, na sexta-feira (15/9), o 4º Conselho Estadual da CTB Bahia, reafirmando a força da Central no estado. Durante dois dias, os dirigentes sindicais de diversas categorias, urbanas e rurais, debateram temas como reindustrialização, desafios do sindicalismo, negociações coletivas e organização sindical.

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A plenária final aprovou moções e sugestões ao documento base, além de eleger a delegação baiana para participar do 4º Conselho Nacional da CTB, em novembro de 2023, na cidade de Belém do Pará. "Quero agradecer a todos que nos ajudaram construir esse evento. A participação expressiva dos dirigentes e os debates mostram a força da Central no estado e sua importância na formulação das políticas da CTB Nacional", disse a presidenta Rosa de Souza.

Ao abordar o tema "Industrialização na Bahia e seus impactos para geração de emprego", o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do estado da Bahia, Davidson Magalhães ressaltou que os governos Temer e Bolsonaro não se preocuparam com o tema e causaram queda na renda dos trabalhadores e aumento da informalidade.

"A Bahia ainda tem problemas estruturais históricos. Muitas cidades pequenas causam dificuldades para implantação de polos industriais. É importante intensificar iniciativas de desenvolvimento regional nos 17 territórios de identidade, dentro de uma política nacional de desenvolvimento, com novos padrões tecnológicos e industriais. Isso combinado com a valorização do trabalho", pontuou citando dados e destacando a necessidade de as centrais ocuparem espaços de debates e decisões sobre o tema.

Desafios e organização

Tratando dos desafios da atualidade, o presidente nacional da CTB Adilson Araújo enfatizou a importância do movimento sindical entender o cenário positivo e atuar para fazer o governo Lula reverter a precarização do trabalho. "Temos que mobilizar as categorias para exigir mais direitos e reforçar as lutas políticas lideradas pelas centrais e os movimentos sociais. Não há contradição entre apoiar o projeto conduzido por Lula, em uma frente ampla, e desenvolver lutas por mudanças", afirmou.

Segundo o dirigente, o movimento sindical sempre jogou papel para transformar realidades difíceis e precisa aprimorar sua organização para esse cenário promissor, mas de grande complexidade. "Temos um governo do campo da esquerda, mas um Congresso mais conservador. Só com a mobilização da sociedade e da classe trabalhadora, vamos reverter a correlação de forças", enfatizou.

Na abordagem sobre organização sindical dos classistas, o secretário geral Ronaldo Leite lembrou que o sindicalismo vive uma realidade de 9%, em média, de sindicalizados nas categorias. "Claro que a reforma trabalhista contribuiu, pois ampliou a informalidade e a precarização do trabalho e dos direitos. Por isso, a CTB está atuando no Grupo de Trabalho (GT) criado pelo governo Lula para rever pontos da reforma, fortalecendo os sindicatos com a contribuição negocial e a negociação coletiva. Precisamos evoluir no GT para consenso com as entidades patronais, pois se for para esse Congresso conservador, não passa nada", ponderou.

Negociações

A coordenadora técnica do Dieese, Ana Georgina, apresentou dados que mostram que o cenário das negociações salariais melhorou muito com o governo Lula. "Entre as causas estão as políticas que fizeram a inflação cair e garantir reajustes com ganho real, o mercado de trabalho que melhorou e a valorização do salário mínimo, que impacta positivamente as negociações. Com a projeção de mais um ano com crescimento do PIB, as negociações em 2024 prometem ser ainda mais positivas", destacou.

Fonte: CTB Bahia.

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