Aderindo à campanha ‘Mais empregados para a Caixa - Mais Caixa para o Brasil', lançada pela Fenae, APCEFSC e Contraf/Cut, hoje, dia 14, o presidente do Sindicato dos Bancários, José Souza, esteve com o superintendente em exercício da Caixa Econômica Federal, Marcos Antônio Queiroz, para cobrar o compromisso assumido pelo Banco na campanha salarial do ano passado, mas que não foi cumprido.
Acompanhado pelo diretor do Sindicato e funcionário da Caixa Antônio Fagundes, Souza lembrou que a empresa se comprometeu em chamar 3 mil funcionários até o mês de dezembro, mas acabou chamando só 1 mil. "A Caixa só cumpriu 1/3 do que prometeu, mesmo assim não chamou nenhum para Sergipe. Evidentemente que, com isso, o atendimento está deixando a desejar", diz Souza.
No ano de 2007 não houve aumento efetivo de funcionários. "A Caixa não tem autorização hoje para contratar. Nós só podemos fazer reposição de aposentadorias. Essas mil que ocorreram no Brasil foi tudo reposição de aposentadorias. O Ministério da Fazenda, ao qual a Caixa é vinculada, não autorizou contratações", explica Queiroz.
Mas agora foi autorizado concurso, provavelmente já para o mês de março ou abril. "Está havendo uma contradição. A Caixa fechou um acordo coletivo prometendo contratar, mas não pode contratar, e ao mesmo tempo anuncia abertura de concurso. Há um paradoxo nisso aí", opina Fagundes. "A Caixa é tão eficiente para cobrar as metas dos funcionários, deveria ser rápida também pra cumprir o que foi acertado no acordo coletivo", emenda Souza.
Atualmente, a Caixa Econômica em Sergipe possui 508 funcionários. O déficit de mão-de-obra tem afetado o atendimento na empresa, já que a demanda é sempre bem maior do que a oferta. Isso tem deixado os clientes insatisfeitos, principalmente em relação à obrigatoriedade de agendamento de serviços bancários.
"A Caixa continua impondo agendamento e tem sido muito criticada por isso. A Superintendência em Sergipe deveria fazer um esforço para chamar mais pessoas para trabalhar. Nós defendemos mais empregados para a Caixa e mais Caixa para o Brasil. A Caixa é uma ferramenta importante para a população e esse serviço de agendamento não está agradando", critica Souza.
Segundo Marcos Queiroz, já está sendo desobrigado esse tipo de atendimento em algumas agências. A da Adélia Franco, por exemplo, onde fica a Superintendência, é uma delas. "A Caixa aqui adotou o sistema de agendamento, como em outras unidades do país. Em alguns lugares já se conseguiu dar solução de continuidade. Outras, não", explica.
Souza cobrou ainda melhores condições de trabalho para os funcionários da Caixa, principalmente os que trabalham no Penhor, na Agência Serigy, que funciona no subsolo, um local bastante insalubre.
O superintendente informou que o serviço já está contratado e as obras de reforma começam na próxima terça-feira, dia 19. O penhor vai funcionar no terceiro andar daquele prédio.
O presidente do Sindicato solicitou, ainda, que a Caixa não desconte um dia de greve dos funcionários este mês, conforme já anunciou que faria. "A greve nos Estados de Sergipe, Bahia e Minas Gerais durou um dia a mais. Foi um entendimento da categoria. Queremos que isso seja revertido. Nós não vamos aceitar que a Caixa desconte esse dia", afirmou Souza.
"É importante que o Sindicato fique vigilante às questões. Você e sua equipe têm feito uma gestão defendendo os direitos da categoria e você tem sido muito leal e transparente. Tem conversado de frente. Acho isso muito bom. A direção do Sindicato está de parabéns", elogiou Queiroz.
Texto: Edivânia Freire - Fotos: Jorge Monteiro SEEB/SE
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