Eleição com cara de campanha salarial
Se o 2º turno das eleições 2012 em Salvador fosse comparado a uma campanha salarial, sem dúvida seria à da categoria bancária. O pleito do dia 28 próximo se caracteriza por colocar frente a frente dois projetos políticos muito díspares. De um lado ACM Neto, legítimo candidato da burguesia, representando os banqueiros. Do outro está Pelegrino 13, representante dos bancários e do conjunto da classe trabalhadora.
A disputa também se assemelha às três últimas eleições presidenciais no Brasil. Nas referidas ocasiões, o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma, amigos e correligionários de Pelegrino, com forte apoio popular, desbancaram representações do grande capital - José Serra (2002), Geraldo Alckmin (2006) e novamente Serra (2010). Todos personalizados no pleito de Salvador pelo neto do mais expressivo coronel da política baiana.
Assim como agora, nas três oportunidades os candidatos já incorporavam interesses econômicos bastante antagônicos. Se Pelegrino segue firme na defesa do projeto político que mudou a cara do Brasil, com Lula e Dilma, ACM Neto continua afinado com o projeto burguês de FHC, Alckmin, Serra e todo staff do PSDB paulista, que privatizou os bancos públicos estaduais e tentou privatizar os federais.
Todas as razões levam os bancários soteropolitanos a optarem por Pelegrino no dia 28. Juntamente com Lula e Dilma, Pelegrino lutou contra a privatização dos bancos públicos, evitando o desmonte do Banco do Brasil, Caixa e BNB. Se nos governos de FHC, parceiro de ACM Neto, o Brasil era a 14ª economia do mundo, foi a partir de Lula que demos a arrancada do crescimento e hoje somos a 6ª economia mundial. Esse projeto precisa ser implantado na capital baiana.
Uma categoria historicamente de luta não pode permitir o retrocesso. O desafio dos bancários é colocar a cidade no trilho do desenvolvimento. Dia 28, vamos mudar Salvador. Confirme Pelegrino 13.
* Álvaro Gomes é bancário e deputado estadual