"Estatização de bancos é a solução para a crise mundial"
José Souza
Não há dúvidas de que estamos definitivamente vivendo à beira de um declínio do império americano. O que se vê é uma luta encarniçada entre democratas e republicanos sobre o dilema da privatização ou da estatização. Até o antigo presidente do Banco Central deles - o Fed -, Alan Grisp, já se rendeu aos fatos e admite a estatização como a saída. Porém, o atual, Ben Bernanke, resiste. Mas a vida é mais objetiva do que a nossa vontade ou a vontade dele.
Veja o que previu Thomas Jefferson, então presidente dos Estados Unidos, em 1802, sem computadores, estatísticas ou análises de mercado: "Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram".
Será que ele era bruxo pra prevê exatamente o que aconteceria 206 anos depois? Jefferson não chegou a defender o socialismo, essa tarefa coube a um alemão chamado Karl Marx, que vaticinava: "Um fantasma ronda a Europa".
Atualmente, vemos um fantasma semelhante: aumento do desemprego e da miséria. Hoje os trabalhadores já desenvolveram a consciência e já conseguem enxergar quem são os pais da crise. A crise é do grande capital. Eles que paguem por ela. Nossa força é nossa união!
José Souza é Presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe