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9º Encontro da Juventude Bahia e Sergipe

Pedágio: Infeliz 2011!

Jorge Barbosa

Salvador cercada por pedágios!

A partir do primeiro trimestre de 2011, o motorista que quiser entrar ou sair da capital terá que passar por uma praça de cobrança do famigerado pedágio. Todas as vias que dão acesso a Salvador foram privatizadas: BA-093, BA-524, BA-526, BA-535 e BR-324. Além da Estrada do Coco, cuja cobrança do pedágio é efetuada desde o ano 2000. Os valores estão previstos inicialmente entre R$1,50 e R$2,55, por cada ponto.

Presente de natal na BR-116

Sete de dezembro é a data maldita, quando será cobrado pela primeira vez o pedágio na Rodovia BR-116, a popular Rio-Bahia. Serão sete praças e o valor irá de R$1,40 (motos) a R$29,50 (carretas).  

O projeto é nacional

Essa idéia infame foi aplicada com a cumplicidade e/ou a indolência do movimento social (sindical, estudantil, comunitário e sem terra), além das lideranças políticas, de prefeitos a vereadores e deputados.

Com o cínico argumento da eterna falta de recursos públicos, os governos defendem a privatização das rodovias. Para eles nada mais cômodo, leiloam os trechos mais movimentados das estradas e assim obviamente arrecadam e ainda livram-se das despesas necessárias a recuperação e manutenção das vias, repassando esse custo à sociedade civil, que  na prática é penalizada com mais um tributo. É bom lembrar que adicionado ao preço do combustível existe a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), que prevê um percentual para investimentos em obras de infraestrutura em transportes. Contudo, diante do fato consumado má conservação versus pedágios, muitos motoristas acabam sucumbindo ao falacioso argumento. Diga-se de passagem, que o brasileiro continua pagando uma das mais pesadas cargas tributárias do mundo e obtendo em troca serviços públicos de qualidade lamentável.

Perigo à vista

O mais preocupante é que tal modelo é defendido por governos e oposições (o precursor foi FHC da aliança PSDB/DEM), mas Lula aderiu à sinistra tese durante o segundo mandato.  Por enquanto são poucas e honrosas as exceções. Assim, cabe ao movimento social sair da inércia e letargia e ir à luta antes que seja tarde, pois o paradigma é privatizar todas as rodovias consideradas rentáveis à cobrança do pedágio.

 

Jorge Barbosa - presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região - CTB

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