Greve mostra força da luta dos bancários da Bahia e Sergipe
Repressão policial - Como era de se esperar, nesta greve os bancos têm utilizado de todos os meios para reprimir o movimento dos bancários. Na Bahia, a Polícia Militar tem feito um papel vergonhoso a serviço dos banqueiros, pressionando, coagindo e até agredindo os trabalhadores. Foram registrados abusos deste tipo em Itabuna, Feira de Santana e Extremo Sul. Para discutir a atuação da polícia na greve, o deputado estadual e bancário Álvaro Gomes marcou uma audiência com o secretário estadual de Segurança Pública, César Nunes, para próxima terça-feira, dia 6, às 11 horas, em Salvador. Já em Barreiras, o diretor da FEEB-BA/SE, Aderbal Batista, está sendo impedido de entrar na agência do Bradesco pelo gerente.
Interdito - Outra forma que os bancos tentam impedir a greve dos bancários não tem surtido efeito. O interdito proibitório tem sido rejeitado um a um pelos juízes nas regiões de Itabuna, Feira de Santana, Extremo Sul e Salvador, com argumento de que não pode haver impedimento ao livre exercício do direito de greve. Só em Ilhéus uma juíza acatou o interdito. Para o assessor jurídico da Federação, Dr. Roberto Melo: "A ação enérgica, porém prudente dos sindicatos da base, em consonância com a Lei de Greve, tem possibilitado a frustração das medidas judiciais do interdito proibitório adotadas pelas instituições financeiras, impedindo assim a consumação da estratégia de desvirtuamento deste instrumento jurídico para fins nítidos de cerceamento do direito de greve", avalia.