Saúde Caixa: reajuste zero e fim do teto é a única saída
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da Caixa se reuniram nesta quinta-feira (14/8), no Rio de Janeiro, para mais uma rodada de negociação sobre o Saúde Caixa. No encontro, os representantes do banco apresentaram dados atualizados sobre o plano de saúde dos empregados, destacando que “a empresa busca uma solução sustentável para o plano de saúde”.
A posse dos aprovados no último concurso do banco, especialmente da área de TI, deverá renovar parte do quadro de usuários com a entrada de empregados mais jovens, o que é visto como positivo para a sustentabilidade do plano.
Apesar disso, o balanço financeiro preocupa. A arrecadação no primeiro semestre de 2025 foi de R$ 1,7 bilhão, enquanto as despesas chegaram a R$ 2,1 bilhões, gerando um déficit que tende a se agravar até dezembro.
O plano conta atualmente com cerca de 125 mil titulares. Em janeiro, foi registrado um pico de evasão, com 1.156 pedidos de desligamento. Por outro lado, houve aumento na adesão de novos empregados e retorno de ex-beneficiários em outubro, impulsionados pelas novas contratações.
Os representantes dos empregados reforçaram mais uma vez que a solução para o problema da sustentabilidade do Saúde Caixa passa, necessariamente, pelo fim do teto de 6,5% para o custeio do plano. Só o fim do teto vai garantir que a Caixa arque com os 70% dos gastos, como consta nas premissas de criação do plano. Isso é fundamental para garantir a sustentabilidade sem onerar demais os empregados. Atualmente, os custos já são altos e o aumento da mensalidade vai obrigar muita gente a sair do plano.